A Demografia atual é suicidária e captadora de recursos não europeus, uma das bases do futuro dialogo com António Serzedelo

Deixando de lado por ora os temores à “velho do restelo” seria bem útil para uma visão dinamica deste país começar-se no que concerne às questões demográficas que se olhe para “os números” …

Basta percebermos que de 2002 a 2022, a percentagem de pessoas com 65 anos ou mais aumentou em todos os Estados-Membros, isto é Portugal é um país crescentemente de seniores!

A nível da UE, o aumento foi de 5 pontos percentuais, de 16% para 21% com o aumento mais elevado a suceder na Finlândia (8 %) e o mais baixo no Luxemburgo (1 %).

Mas em 2022, Itália e Portugal (ambos com 24%) tiveram as percentagens mais elevadas, colocando-se a 3 % acima da média europeia.

Ja quanto aos jovens no período 2002-2022, a percentagem de jovens (dos 0 aos 19 anos) diminuiu em todos os Estados-Membros.

A nível da UE, a diminuição foi de 3 %, de 23% para 20% e 2022, o grupo mais  jovem (menos de 15 anos), correspondia a 15% da população na UE e a 12,8%  em Portugal, denotando a tendência de quebra nos nascimentos

Até ao início da década de 1980, as crianças e jovens perfaziam pelo menos um quarto da população e, em 2022, representavam 12,8%, segundo dados da Pordata.

Portugal perdeu mais de um milhão de crianças e jovens nos últimos 50 anose tornou-se no segundo país europeu mais envelhecido, salienta a Pordata, cujo retrato demográfico mostra que quase 5% dos 1,3 milhões de jovens são estrangeiros.

Assim, em 2022, viviam em Portugal 1,3 milhões de crianças e jovens até aos 15 anos, dos quais 51% do sexo masculino e 49% do sexo feminino.

Vale ver e refletir sobre o número de crianças e jovens que diminuiu para quase metade em 50 anos (-46%), vendo-se que até ao início da década de 1980, as crianças e jovens perfaziam pelo menos um quarto da população e, em 2022, representavam 12,8%.

O decréscimo registou-se em todos os grupos etários, destacando-se o das crianças entre os 5 e os 9 anos (-50%), refere a Pordata.

Isto faz com que Portugal seja “o segundo país da União Europeia com menor proporção de crianças e jovens na sua população”, só atrás da Itália, que ocupa o topo da tabela.

Segundo as projeções do INE, a tendência é que a população jovem em Portugal “diminua dos 1,3 milhões em 2022 para 1,1 milhões em 2050 e para 1 milhão até 2080”.

E é essencial acentuar que, “mais de 65 mil crianças e jovens em Portugal têm nacionalidade estrangeira, representando 4,9% do total da população com menos de 15 anos”, sendo que 18% dessas crianças já nasceram em Portugal.

Salário “abaixo de baixos”, paternalismo patronal e fuga aos impostos que impõe um Estado frágil geram uma comunidade que se protege fugindo à reprodução este é o modelo demográfico concreto português que orienta o país para o modelo de povoamento medieval- à importação de Recursos Humanos sendo que esta importação se desenvolve vinda de países pobres não europeus!

Enfim o capitalismo portugues rentista paga assim a sua fatura.

Joffre Justino