Matar o Outro é algo que nunca fiz ainda que tenha de assumir que estive com orgulho do lado dos que resistiram e como única alternativa que lhes foi deixada de armas na mão contra os sovietistas mplistas!

Porque sou um cidadão da CPLP, com o meu coração em Angola e o meu sonhar numa hoje quase mirífica Confederação de Estados de Lingua Portuguesa, assim toda ela multiétnica, multicultural, multi continental, multioceanica, sou obviamente um combatente Anticolonial!

Seja colonialismo clássico ou neo colonialismo imposto por qualquer das potencias dominantes!

Combati contra a guerra colonial portuguesa, e por tal fui preso, combati contra a guerra neo colonial sovieto-mplista e por tal preso fui e talvez porque não ouvi os cantos de sereia petrolifero-diamantiferos nao sou “um antigo combatente” aos moldes oficiais dos guerreiros de sofá feitos pois hoje combato contra as guerras eslavas como contra as guerras semitas, como me posiciono ao lado do Povo de Moçambique que sofre em Cabo Delgado com fascio-islâmico Daesh!

E choro, sim choro, quando vejo que representantes vindos da lusa Democracia querem controlar a imigração travando a livre circulação de Pessoas enquanto saúdam a livre circulação de bens serviços e capitais desferindo um duro golpe a uma sã e solidaria economia de mercado!

Deixo-vos o desencanto de outro Cidadão como eu…porque se respeito o Poeta nao respeito o pensar do Cidadão!

Enviaram-me isto por mail. Ainda me custa a acreditar. Eu não comento seja o que for do Manuel Alegre.
Sempre andei muito longe desta gente, digam-se eles comunistas, socialistas ou fascistas.
Tenho pena deles.
Fernando Cardeira
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Manuel Alegre no Expresso:
"Sim, fui um combatente e tenho muito orgulho em tê-lo sido. Não estou arrependido.
Fiz a guerra como ela devia ser feita. E a guerra também tem as suas seduções, das quais temos de nos defender.
Escreveu sem raiva nem ressentimento, a oposição à guerra não o levou a rescrever hoje o passado.
De modo nenhum. Distingo duas coisas: uma, a minha oposição à obstinação de Salazar, a ausência de uma solução política, o “aguentar, aguentar”, quando as Forças Armadas haviam criado condições para se poder ter negociado muito antes do 25 de Abril. A outra coisa era a tropa: eu não tinha nada contra ela, era militar miliciano, cumpri o melhor que sabia e podia, acho que fui um bom oficial.
Quando em Sá da Bandeira se formou uma companhia para o Norte, muitos ofereceram-se como voluntários com a condição de irem no meu pelotão.
Queriam ser comandados por mim, confiavam. Escrevi tudo isto de um fôlego, porque, por estranho que pareça, tenho saudades dessa camaradagem, são momentos intensos. O risco cria laços fortíssimos entre os homens, um por todos, todos por um, éramos postos à prova. Era uma prova estar debaixo de fogo e passar num sítio como as “Sete Curvas”, onde normalmente os alferes eram mortos com um tiro no pescoço. E às vezes, quase inconscientemente, buscava-se o perigo, outras vezes a tensão era tão grande que quase se desejava entrar em combate."