As jornadas parlamentares do PCP começam hoje

Com inicio pelas 11h30 com uma sessão que contará com intervenções do secretário-geral do PCP, Paulo Raimundo, e da líder parlamentar do partido, Paula Santos, e terminam na terça-feira, com uma conferência de imprensa de apresentação das conclusões.

Aos jornalistas no parlamento, a lider parlamentar Paula Santos informou que o tema destas jornadas parlamentares vai ser "o Orçamento do Estado e as soluções de que o país precisa", e ao longo dos dois dias, os deputados do PCP vão promover audições na Assembleia da República para procurar aprofundar a análise da proposta orçamental.

"Estas audições serão um contributo para a preparação das propostas e das soluções que queremos apresentar no âmbito do debate orçamental", explicou Paula Santos, salientando que as jornadas servirão também para "denunciar as consequências" das opções políticas do atual Governo.

Haverá esta tarde uma audição sobre "as necessidade do país, opções políticas e a proposta do Governo de Orçamento do Estado para 2025", com a presença de vários economistas, entre os quais Ricardo Paes Mamede.

Na terça-feira, 14.10. Paula Santos e o deputado Alfredo Maia vão também organizar uma audição pública sobre administração pública e serviços públicos, com a presença de organizações de trabalhadores da administração pública, e o deputado António Filipe vai visitar as oficinas da CP - Comboios de Portugal, em Campolide.

Assim e segundo Paula Santos o PCP quer auscultar diferentes setores para perceber quais são as suas prioridades, numa altura em que "estão identificados um conjunto de problemas, de degradação, de perda de qualidade" dos serviços públicos e em que é "preciso investir para assegurar saúde, valorizar a escola pública, garantir o direito à habitação".

Com esse diagnóstico, Paula Santos disse que o partido pretende "identificar e avançar com as soluções que são necessárias para resolver os problemas mais prementes" no país, de onde sairão propostas a nível orçamental.

A líder parlamentar do PCP recordou que, se fosse pelo seu partido, o Governo "nem sequer teria entrado em funções e este programa nem sequer estaria a ser implementado" - numa alusão à moção de rejeição ao programa do Governo apresentada pelos comunistas em março - e defendeu que "é urgente travar, romper com estas opções políticas e avançar com uma política alternativa".

"E as nossas propostas, as soluções que iremos avançar no quadro da discussão deste orçamento demonstram que é justo, que é possível e necessário, dar concretização a essas propostas para a resolução dos problemas concretos", frisou.

Serão as segundas jornadas parlamentares que o PCP vai organizar nesta legislatura.