As palavras são do Presidente da República, que promulgou, na terça-feira, sete decretos do Parlamento sobre IRS, incluindo redução de taxas, IVA da eletricidade e eliminação de portagens.

O PR MRSousa, falou sobre a promulgação de sete decretos do Parlamento sobre IRS, incluindo a redução de taxas, IVA da eletricidade e eliminação de portagens - cinco dos quais aprovados pela oposição -, defendendo que quer criar uma "aproximação" que facilite à negociação do OE2025.

Não parece que resultou junto do AD/PSD, mas entendeu mesmo assim ainda dizer que “A estes meses que ainda faltam, até à aprovação do OE2025, há aproximação, a aproximação faz-se com as várias partes, com cada qual a dizer 'eu entendo que isto é fundamental para mim' e outra parte a dizer 'mas que temos que ver o que é que é preciso ceder, de parte a parte para caber no OE'. Isso é negociação. A negociação faz-se assim"… como se tudo fosse o mesmo na linha das missas de latim …

E continuou, esclarecendo que a negociação é primeiro feita assente "num plano de ideias gerais" e, depois, "no concreto", de novo um erro pois há que pluralizar, em varios planos de varias ideias gerais …

"Quando se olha para um texto, pensamos 'é aqui neste artigo, é acola', é aqui que há aproximação", disse ele, numa linha de merceeiro à salazarento das finanças a compatibilizar os interesses dos Mellos com os interesses Champallimaud…

E lá vem o que entende ser essencial, “o essencial é o seguinte: nós queremos que o ano de 2025 seja um ano de estabilidade económica, financeira e social e, para isso, a estabilidade do Orçamento é essencial", transformado em paizinho da pátria… com o PSD no poder claro!

E como de costume nada dizendo alem de fúteis palavras, sobre para quando será a aplicação do diploma que prevê as taxas dos valores do IRS, "no que diz respeito aos diplomas com efeito para este ano - há dois que estão ligados entre si" - é preciso "regulamentar" para isso acontecer, deixando a previsão em aberto.

E lá vem mais asneira, "O Governo vai ter agora que regulamentar. A questão que há é se, nas várias situações, escalões a escalões, se há entendimentos diversos”, argumentando que há uma retenção na fonte e depois uma compensação no ano seguinte. “Isso obriga naturalmente a fazer uma revisão da retenção na fonte e como estamos a caminho do fim do ano, naturalmente virá a ser regulamentado e terá efeitos depois", para dar tempo ao governo…e pôr tudo na tal mesa negocial da mercearia do célito!

Na verdade e dado que era esperado que MRSousa não a deveria deixar passar por ser contra a medida, temendo o conflito que iria gerar vem a surreal ideia de criar um "clima favorável à negociação do OE2025”, a procurar assim salvar este à vista incompetente governo imposto por golpe de Estado.

Joffre Justino