O objetivo desta iniciativa é “tornar a sociedade mais igualitária” e como Portugal vai assistir à reunião do G20, no Brasil, como país convidado, o Livre defendeu que esse é o palco ideal para que o Governo defenda o novo imposto.

Hoje quarta-feira, 25.09, na Assembleia da República, o Livre leva a debate uma recomendação para que o Governo apoie uma taxa global sobre as grandes fortunas e, em declarações à TSF, o deputado Jorge Pinto fala numa questão de justiça.

"Atualmente, os ultra-ricos - um grupo muito limitado de pessoas a nível global - pagam menos impostos do que a classe média. Portanto, qualquer um de nós, qualquer familiar ou amigo, paga mais impostos do que os ultra-ricos que, no fundo, são pessoas que podem comprar órgãos de comunicação social, influenciar a opinião pública, comprar até plataformas como o antigo Twitter. Portanto, nós sabemos que esta tributação é, desde logo, uma questão de justiça, porque é justo que quem mais tem pague mais impostos. É também uma questão de coesão e é uma questão de democracia”.

Para o Livre, “sociedades mais igualitárias são sociedades onde há maior coesão social”, assim como “melhores cuidados de saúde e até melhores práticas a nível ambiental”, e assim o Livre admite entregar propostas, na discussão do Orçamento do Estado, para tributar os que ganham mais.

“O que queremos, no fundo, é um debate sério e eficaz sobre como restaurar a confiança dos cidadãos nas instituições políticas e democráticas. E isso passa também por mais justiça fiscal. É esse tipo de propostas que o Livre irá levar a debate. Sabemos bem que não são as políticas prediletas do atual Governo, mas também por isso estamos na oposição e faremos oposição deste modo construtivo, como sempre temos feito”, acrescentou o deputado.

A reunião do G20 é a 18 e 19 de novembro no Brasil.

Antonio de Sousa