"Atualmente, os ultra-ricos - um grupo muito limitado de pessoas a nível global - pagam menos impostos do que a classe média. Portanto, qualquer um de nós, qualquer familiar ou amigo, paga mais impostos do que os ultra-ricos que, no fundo, são pessoas que podem comprar órgãos de comunicação social, influenciar a opinião pública, comprar até plataformas como o antigo Twitter. Portanto, nós sabemos que esta tributação é, desde logo, uma questão de justiça, porque é justo que quem mais tem pague mais impostos. É também uma questão de coesão e é uma questão de democracia”.
Para o Livre, “sociedades mais igualitárias são sociedades onde há maior coesão social”, assim como “melhores cuidados de saúde e até melhores práticas a nível ambiental”, e assim o Livre admite entregar propostas, na discussão do Orçamento do Estado, para tributar os que ganham mais.
“O que queremos, no fundo, é um debate sério e eficaz sobre como restaurar a confiança dos cidadãos nas instituições políticas e democráticas. E isso passa também por mais justiça fiscal. É esse tipo de propostas que o Livre irá levar a debate. Sabemos bem que não são as políticas prediletas do atual Governo, mas também por isso estamos na oposição e faremos oposição deste modo construtivo, como sempre temos feito”, acrescentou o deputado.
A reunião do G20 é a 18 e 19 de novembro no Brasil.
Antonio de Sousa