Félix Miranda foi uma figura fundamental em diversos momentos críticos da história recente de Angola. Ele esteve presente em algumas das campanhas eleitorais mais marcantes do país, incluindo a de 1992, altura em que desempenhava um papel ativo na UNITA, ainda como militante das Forças Armadas de Libertação de Angola (FALA), e mais tarde, como jornalista na Rádio Vorgan, voz oficial da UNITA.
Miranda não apenas sobreviveu a três das quatro guerras civis angolanas, mas manteve uma posição firme em prol da liberdade e da democracia. Com o tempo, transitou para a política, unindo-se à coligação CASA-CE, liderada por Abel Chivukuvuku, em 2012, onde continuou a sua luta pela justiça social e pelo bem-estar do povo angolano.
Além da sua atividade política, Félix Miranda também fez uma carreira significativa no jornalismo, sendo membro da Entidade Reguladora da Comunicação Social de Angola (ERCA) entre 2017 e 2022. A sua experiência foi marcada pela defesa de uma comunicação social livre e justa.
Miranda sofria de problemas de saúde, incluindo gastrite, e faleceu devido a complicações de um sangramento intestinal. A sua morte representa uma perda profunda para Angola, onde políticos, jornalistas e amigos o recordam como um incansável combatente pela verdade e pelos direitos do seu povo.