Ministra que não tem assessores? Ou por se tratar de um municipio de maioria PS o MAI só reage a autarca de Arouca depois da crise?!

O municipio de Arouca, com 4 PS 3 PSD na vereação, via a sua presidenta, Margarida Belém, criticou duramente o MAI e na linha da habitual propaganda,  o gabinete de Margarida Blasco respondeu às acusações da presidente da Câmara de Arouca num comunicado.

Margarida Belém, esta quinta-feira, 19.09, lamentou a falta de apoio do Governo, acusando a ministra da Administração Interna, Margarida Blasco, de falta de disponibilidade nos dias mais críticos do combate ao incêndio.

O Governo disse hoje em comunicado até ter tentado "o contacto direto com a senhora presidente Margarida Belém, quer para o seu telemóvel, quer para os Paços do concelho de Arouca”, mas sem sucesso e garante não ter recebido "sinal da tentativa de contacto referida", e nós estranhamos esta relação via tlm dando o ar de um MAI sem assessores automobilizados!

Margarida Belém defende, que o que mais aflige as autoridades, "Claro que é património valioso que se perde, mas muito mais valiosa é a vida humana e é essa que nos preocupa, já que o fogo está a circundar alguns povoados e nós não conseguimos ter bombeiros em todos os pontos onde há casas", justifica.

A mancha verde do concelho agrava os riscos: com 329,11 quilómetros quadrados, o território classificado como geoparque da UNESCO é composto em 85% por área florestal e parte dessa "está a arder com uma intensidade brutal" nas três frentes ativas do incêndio, nomeadamente em Alvarenga, na zona de Covêlo de Paivó e Janarde, e também na de Canelas e Espiunca.

A zona que gera mais inquietação é Ponte de Telhe, já que, se o fogo transpuser o rio Paivó, poderá a partir daí alastrar para novas frentes -- como aconteceu, aliás, em 2016.

Ao início desta manhã já estavam confinadas as aldeias de Telhe, Covelo de Paivô, Meitriz, Regoufe, Silveiras, Vila Galega, Vila Nova, Santo António, Travessa, Várzeas, Vilarinho, Vila Cova e Serabigões, que viram retirados os habitantes com mobilidade reduzida, e conduzidos para casa de familiares, noutras localidades.

Pela mesma altura, a câmara municipal fechou todos os estabelecimentos de ensino da rede pública do concelho, afetando as escolas-sede dos agrupamentos de Arouca e Escariz ao acolhimento exclusivo de "filhos e dependentes a cargo dos profissionais diretamente envolvidos nas operações de socorro no âmbito dos incêndios", entre os quais os da área da saúde, das forças de segurança e dos serviços de socorro.

Quatro estradas foram também cortadas ao trânsito nos dois sentidos: a EN 326-1, no troço entre Alvarenga e a saída para Castelo de Paiva; a EM 510, no trajeto entre Ponte de Telhe, Covêlo de Paivó e Janarde; a EM 505, na secção entre Canelas e Espiunca; e o CM 1227, desde o Espírito Santo até Bustelo.

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"Julgamos que o momento deve ser de união e de esforço comum e conjunto para salvaguarda de vidas humanas e os seus haveres.

(...) Foi com total surpresa que tomámos conhecimento de uma notícia em que se relata que a senhora presidente da Câmara Municipal de Arouca terá tentado contactar a senhora ministra da Administração Interna, sem temporalizar o momento em que tal terá acontecido, e não terá conseguido o contacto”, pode ler-se na nota.

As críticas da autarca surgiram esta quinta-feira, enquanto fazia o ponto de situação do incêndio aos jornalistas no local, e focaram-se sobretudo na falta de apoio durante a primeira noite do incêndio que lavra há vários dias no concelho.

"Senti falta de apoio na fase inicial, no primeiro dia. As respostas que tínhamos é que tínhamos de liderar com o que tínhamos no terreno", afirmou Margarida Belém.

Antonio de Sousa