O Nosso PR Lula da Silva !

Na onda das comemorações do aniversário de 44 anos do Partido dos Trabalhadores, a web resgata um trecho de vídeo em que o então deputado federal e Presidente Nacional da legenda que ajudou a fundar, o hoje novamente, pela terceira vez, Presidente da República Federativa do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), argumenta sobre os objetivos da criação da sigla, em 1980.

Em sua casa, o homem que se tornaria futuramente um dos mais importantes estadistas do mundo, tinha, sobre a geladeira, uma placa artesanal em que se lia “Deus Abençoe Essa Bagunça“, que certamente se referia à sua ativa rotina diária como um proeminente nome da política nacional.
Mas, como fica claro nas argumentações daquele Lula que se projetava para se tornar, mais tarde, no melhor chefe do Executivo que esse País já teve, o Brasil também precisava de muitas bênçãos do divino e a placa dá um duplo direcionamento ao objeto de seu conteúdo. 

Veja a seguir e leia a transcrição depois:

Jornalista: “Lula. Uma dúvida que tem muita gente tem é que que você saiu do sindicato e partiu pra política, já que tem muita gente que considerava você um grande líder sindical e que você devia ter ficado mesmo era no sindicato e não na política. Como é que é essa história?“

Lula: “Veja, primeiro eu não saí do sindicato. Eu fui tirado do sindicato porque a estrutura sindical prevê o Ministério do Trabalho intervir em qualquer sindicato a hora que ele bem entende. Principalmente quando os dirigentes sindicais fazem alguma coisa na defesa dos trabalhadores e que não interessa ao governo que, na verdade, é representante dos empresários”.

Jornalista: “E caçar para o resto da vida, né?
Lula: “E a cassação é perpétua. O dirigente sindical cassado dificilmente volta ao sindicato, a não ser que mude toda a legislação sindical nesse país.

Em segundo lugar, é preciso que a gente não diga que o Lula é político. Porque político é todo cidadão que luta por alguma coisa. Político é todo cidadão que trabalha.
Quer dizer, não existe a pessoa política, a pessoa não política, a pessoa apolítica. O que existe, na verdade, é uma sociedade que ela se mostra mais politizada ou mais política na medida em que ela luta, na medida em que ela briga mais, ou na medida em que ela se omite.

E tudo isso é política. A gente faz a política quando vai trabalhar, faz da política quando reclama do salário, faz a política quando reclama do custo de vida, faz a política quando a gente se manifesta e faz a política quando a gente fica quieto: a política da omissão, que é o que muita gente faz nesse país”.
Jornalista: “Você acha que se o trabalhador participar da política, ele não consegue mudar o dia-a-dia dele?

Lula: “Eu, na verdade, entrei num partido político porque eu já fazia política antes . E as pessoas confundem você fazer política com o fato de você estar num partido político ou você ser candidato. Eu fazia política, eu acredito, desde o tempo que eu nasci, porque a briga pela sobrevivência é uma ação política do ser humano.
E eu tive, com outros companheiros, a ideia de criar um Partido dos Trabalhadores exatamente porque nós descobrimos, através da luta sindical, que se o trabalhador brasileiro não fizer política, se ele não pensar em ocupar o poder nesse país, a classe trabalhadora continuará sempre mendigando o pão de cada dia.

E nós entendemos, como milhões de brasileiros já entendem, que a única forma da gente mudar o quadro político, social e econômico nesse país. É a classe trabalhadora se organizar politicamente, é a classe trabalhadora discutir os seus problemas da classe trabalhadora, organizar um partido. Porque é um partido que..”

https://x.com/arc_maiana/status/1756559648822309168?s=20 

Joffre Justino

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