As eleições nos Estados Unidos em 2024 têm-se revelado muito mais do que um simples embate de políticas: são um verdadeiro confronto de valores fundamentais, quase um duelo entre luz e escuridão.

De um lado, Kamala Harris, com um discurso centrado em soluções concretas, empatia e progresso; do outro, Donald Trump, uma figura que parece não ter outra missão senão dividir, perseguir e punir.

Esta é uma eleição entre a esperança e o medo, entre um futuro inclusivo e a volta a um passado repleto de sombras. Kamala Harris, ao longo da sua carreira, tem-se destacado pela busca de soluções e pela construção de pontes. Num momento de grande polarização,

Harris posiciona-se como um pilar de estabilidade e progresso. As suas propostas centram-se em temas que realmente preocupam os cidadãos: a saúde, o acesso à educação, a justiça económica, e o clima. Harris defende políticas que visam não apenas resolver problemas imediatos, mas criar um país mais justo e sustentável a longo prazo. As suas palavras e ações refletem uma liderança que olha para o futuro e acredita que a colaboração é a chave para o sucesso.

Donald Trump, por outro lado, surge como o representante de uma ideologia que se alimenta de divisões e conflitos. Desde a sua primeira campanha, Trump pareceu empenhado em criar um inimigo público a cada passo, fosse ele uma minoria étnica, uma figura política ou até os próprios meios de comunicação. Agora, na sua nova candidatura, não parece estar mais interessado no bem-estar geral do que antes; em vez disso, intensificou o seu discurso de vingança e de perseguição.

Trump não traz ao debate eleitoral propostas concretas para resolver problemas nacionais; pelo contrário, parece concentrar-se na ideia de revanche, apontando constantemente culpados em vez de propor soluções.

A postura de Trump levanta questões inquietantes sobre a sua capacidade de discernimento e equilíbrio. Será ele o líder que um país como os Estados Unidos merece? Ou será que os seus impulsos revelam algo muito mais profundo e perigoso para a democracia global?
Estas são perguntas legítimas que se colocam quando se observa um candidato que se recusa a aceitar a diversidade de opiniões e a respeitar as regras de convivência básica numa sociedade democrática.

As sondagens, embora importantes, nem sempre captam o que realmente se passa nos corações e mentes das pessoas. Há um fator emocional, quase silencioso, que pode definir o rumo das eleições. Muitos americanos ainda lembram as incertezas e a instabilidade dos anos em que Trump esteve no poder e talvez só tomem a sua decisão no último momento, guiados não só por números, mas pelos valores que admiram nos seus ídolos e figuras de referência.

Este movimento subtil e silencioso, que cresce a cada dia, pode muito bem inclinar a balança a favor de Kamala Harris.

Estas eleições são, em última análise, uma escolha entre um país que busca construir um futuro inclusivo e um país que deseja voltar a um passado dividido. Como eleitores e cidadãos do mundo, temos a responsabilidade de refletir sobre o impacto das nossas escolhas. Kamala Harris representa a possibilidade de cura, de unidade e de esperança; Trump, a promessa de vingança e de destruição de tudo o que não se enquadra na sua visão limitada.

Se Kamala Harris vencer, estaremos perante um momento histórico sem precedentes: a eleição da primeira Presidente dos Estados Unidos da América. Este feito não é apenas uma vitória política; é um avanço monumental no panorama internacional e norte-americano, que redefine o conceito de igualdade de oportunidades e fortalece a imagem dos Estados Unidos como uma democracia que valoriza a inclusão.

Ter uma mulher no mais alto cargo de poder americano representa uma mensagem clara para o mundo: o progresso, a igualdade e a capacidade de liderança não são determinadas pelo género, mas pela visão, pela competência e pela dedicação ao bem comum.

Esta eleição simboliza, assim, um novo capítulo no qual os Estados Unidos se afirmam como um farol de renovação, inspirando todas as nações a reconhecer o valor inestimável da diversidade e da equidade.

A história julgará, mas a oportunidade de moldar o futuro é nossa.

Morgado Jr.