O crime não começa na falta de limpeza das matas e das florestas!?

Manuel Castro Almeida tem esta quarta-feira encontro marcado com dezenas de autarcas das regiões mais afetadas pelos fogos seguindo o anuncio na terça-feira, do primeiro-ministro que o Governo decidiu declarar situação de calamidade nos concelhos mais atingidos.

A decisão foi tomada no absurdo e propagandistico Conselho de Ministros extraordinário com a presença do Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa num passa culpas mutuo diga-se !

Entretanto a Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro vai estar já esta quarta-feira no terreno para começar a "identificar e avaliar os prejuízos" causados pelos incêndios dos últimos dias.

A informação foi avançada, nesta manhã de quarta-feira, pelo ministro Adjunto e da Coesão Territorial: "Acaba o fogo, começa a quantificação dos problemas."

E como de costume vá de fazer de conta que as matas e as florestas estavam todas limpinhas tratadinhas!

Na Manhã TSF, Manuel Castro Almeida identificou duas prioridades para os próximos tempos: "O principal aqui é mesmo tratar das casas e das empresas. Precisamos que as empresas possam recomeçar a trabalhar para não termos aqui as pessoas desempregadas durante muito tempo. Vamos procurar retirar lições do passado e tentar fazer as coisas bem feitas, com rigor, com segurança jurídica, com critério financeiro."… que ministro este que esquece o abuso que é para a comunidade o não tratamento das matas e florestas

Questionado sobre se Portugal pode pedir mais ajuda europeia, o governante assegurou que, se forem necessários mais meios, o país não vai hesitar em solicitar esse apoio. "Há uma vontade, uma disponibilidade e uma predisposição do lado de Portugal e do lado das instituições europeias para [uma] grande cooperação e sei que há contactos ao mais alto nível para agilizar essa cooperação", sublinha… é isto à governação!?

Mendigar à UE!?

Na terça feira, 17.09, o primeiro-ministro, Luís Montenegro, anunciou que a situação nos concelhos afetados pelos incêndios foi elevada para o grau de calamidade pelo Governo.

"[Decidimos] A elevação para a situação de calamidade para todos os municípios afetados pelos incêndios", anunciou o primeiro-ministro no final do Conselho de Ministros extraordinário realizado com a presença do Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa… e chega de novas!

O primeiro-ministro revelou que será criada "uma equipa especializada" para investigar criminalmente a origem dos incêndios dos últimos dias, falando em "coincidências a mais" e "interesses particulares"… e nada dizendo sobre as limoexas das matas e florestas!

"Nós não vamos largar estes criminosos, nós não vamos largar este combate a quem coloca todo um país em causa", assegurou Luís Montenegro.

A lei determina que a situação de calamidade é declarada pelo Governo, mediante resolução do Conselho de Ministros.

O primeiro-ministro explicou que a declaração da situação de calamidade vai permitir que a equipa multidisciplinar do Governo -- coordenada pelo ministro Adjunto e da Coesão Territorial Manuel Castro Almeida - poSSA "oferecer o apoio mais imediato e urgente àqueles que não têm em casa um abrigo, um alojamento para os próximos dias, àqueles que ficaram sem meios de subsistência para se alimentarem, para se vestirem, para terem acesso às mais elementares necessidades do dia a dia".

"No âmbito desta situação de calamidade nestes territórios, estamos já a trabalhar também com as Comissões de Coordenação e Desenvolvimento Regional, com o Instituto Nacional de Estatística, no elenco de todos os prejuízos que estão a ser causados, para que a resposta possa ser o mais rápida possível", assegurou.

O primeiro-ministro reiterou que "há pessoas que ficaram sem casa, há pessoas que ficaram impedidas de ir trabalhar, há empresas que estão inibidas de poder produzir".

"As portuguesas e os portugueses e as empresas são elementos de bravura do povo português e, portanto, merecem dos poderes públicos e do Governo em particular que haja celeridade, agilidade para todas as respostas que são necessárias", disse.

Montenegro afirmou, tal como tinha feito na segunda-feira, que o Governo está "bem consciente que as horas difíceis ainda não acabaram". 

"Ainda vamos ter de continuar a dar tudo aquilo que temos e a pedir ajuda aos nossos parceiros e amigos para podermos reforçar a proteção das pessoas e do património", alertou.

O primeiro-ministro começou a sua declaração, sem direito a perguntas, por agradecer ao Presidente da República "a expressão da sua solidariedade institucional e estratégica".

"Em segundo lugar, reiterar o nosso pesar pela partida de três bravos bombeiros que estavam ao serviço de todos nós, expressar neles a gratidão a todos os que estão ainda no terreno a proteger as pessoas e o património dos portugueses", disse, prometendo que o Governo não vai "baixar os braços".

Antonio Sendim