Numa altura em que Portugal se prepara para embarcar numa nova era de desenvolvimento sustentável e coesão territorial, as Juntas de Freguesia de todo o país aguardam com expectativa a regulamentação que lhes permitirá, pela primeira vez, aceder a um montante significativo de fundos europeus.

Pelo menos 100 milhões de euros dos fundos de coesão estão reservados para serem aplicados em projetos locais, no âmbito do programa Portugal 2030, marcando um momento histórico na gestão e planeamento do território nacional.

Jorge Veloso, o presidente da Associação Nacional de Freguesias (Anafre), tem sido uma voz ativa neste processo, destacando a importância de não se ignorar o trabalho já realizado e as negociações em curso, apesar da queda recente do Executivo. A incerteza política tem sido um obstáculo, mas a confiança permanece de que o próximo governo reconhecerá o valor destes esforços e continuará a trilhar o caminho para um Portugal mais coeso e desenvolvido.

Este acesso inédito a fundos de coesão representa não só uma oportunidade de ouro para as freguesias portuguesas impulsionarem o desenvolvimento local, como também um desafio em termos de gestão e planeamento. A forma como estas verbas serão acessadas, candidatadas e distribuídas está ainda por definir, sendo um dos principais pontos de discussão a possibilidade de gerir os fundos através das Comunidades Intermunicipais ou das Comissões de Coordenação e Desenvolvimento Regional.

A expectativa é que os projetos financiados por este mecanismo possam contar com uma comparticipação europeia de 85%, deixando às autarquias a responsabilidade de financiar os restantes 15%. Este modelo de financiamento promete ser um impulso significativo para que as freguesias possam levar a cabo iniciativas que beneficiem as suas comunidades, desde a melhoria de infraestruturas até à implementação de programas de desenvolvimento social e econômico.

À medida que Portugal aguarda a formação de um novo governo, a esperança de que estas questões sejam prontamente resolvidas é palpável. O potencial para transformar o tecido social e econômico das freguesias portuguesas com estes fundos é imenso, podendo significar um passo gigante na direção de um país mais equitativo e próspero.

Jorge Veloso e a Anafre permanecem na linha da frente deste debate, trabalhando incansavelmente para garantir que o acesso a estes fundos seja uma realidade o mais breve possível. Com o apoio e a colaboração entre todos os níveis de governo, o futuro das freguesias portuguesas poderá ser, de facto, promissor, marcando o início de uma nova era de prosperidade local, alimentada pela inovação, sustentabilidade e coesão territorial.

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Foto de destaque: IA; imagem para ilustrar o artigo, capturando a essência do desenvolvimento local e o envolvimento da comunidade em uma vila portuguesa pitoresca, simbolizando esperança, progresso e o impacto positivo dos fundos de coesão europeus.