A doente loucura pela estúpida guerra!

O argumento absurdo é que a Europa tem desafios geopolíticos e militares como há muito não enfrentava e urge desmontar essa fantasia surgida para engordar os bolsos dos vendilhões de armas!

Na verdade as tais razões para a guerra centram-se em conflitos da região do Leste Europeu.  Não poucos dos mesmos conflitos nasceram até antes da dissolução do território da União Soviética e o seu suicídio em 1991 continuando em curso até o presente e sem expectativas para uma solução de curto prazo.

Os mais recentes têm-se agravado dada a ação bélica de um território da região sobre o outro vizinho.

Vejamos pois a situação,

* Rússia e Ucrânia
Vive hoje as consequências da ganância de se apoderar do Donbass e da invasão russa do território ucraniano em 24 de fevereiro de 2022 e onde se assiste ao esgotamento da resistência coligação EUA/UE/Ucrania/um tal ocidente perante as forças russas!

De acordo com Matthew Saltmarsh, porta-voz da agência da ONU para Refugiados, 5,9 milhões de pessoas estão distribuídas pela Europa, enquanto aproximadamente 3,7 milhões permanecem deslocadas internamente e que procuram abrigo em outras regiões do país.

Esta guerra intra eslavos é bem mais antiga pois que no passado, o território ucraniano já foi parte da Rússia, quer na era imperial quer ao tempo da URSS.

A Ucrânia tornou-se oficialmente um país em 1991 e o conflito atual na verdade nasce da origem em comum dos povos russo e ucraniano

Ao sul da Ucrânia e episodicamente ligada à Ucrânia temos a península da Crimeia, aparentemente uma região estratégica de acesso ao mar Negro e comunicação com o Leste Europeu e com o continente asiático

A Crimeia foi transferida da Rússia para o território ucraniano no ano de 1954 num ato “imperial” de Kruchev ele também ucraniano mas com a Rússia a manter a sua base naval na cidade de Sevastopol, instalada ainda no século XVIII.

Alimentada por uma tresloucada governante estadunidense nasceu uma crise política na Ucrânia a partir de 2014, com o presidente ucraniano alinhado com o governo russo a ser deposto em golpe de estado na verdade pro EUA acompanhado por uma sequência crescente de tensões com grupos separatistas pró-Rússia no leste ucraniano, defensores do desmembramento das regiões de Donetsk e Lugansk, que se assumem independentes da Ucrânia.

Neste contexto de instabilidades, a Rússia anexou a península da Crimeia ao seu território em 2014, ja que a sua população é maioritariamente russa o que aprofundou a crise política e diplomática entre os países tendi havido um referendo realizado na península que terá aprovado a sua incorporação na Federação Russa.

* Armênia e Azerbaijão
Estes dois países a Armênia e o Azerbaijão são países transcontinentais situados no Leste Europeu e na Ásia, na região do Cáucaso havendo um conflito pelo domínio do território de Nagorno-Karabakh, um enclave de 4,4 mil km² localizado dentro dos limites do Azerbaijão.

Tudo começou na primeira metade do século XX, com ambos os países a reivindicarem este território.

À época, a maioria da população que vivia na região era de origem armênia e azeri uma etnia de origem turca.

O território permaneceu sob o domínio do Azerbaijão até a eclosão de uma guerra em 1988, num período de declínio da URSS.

O conflito manteve-se até 1994 e culminou na declaração da independência do território de Nagorno-Karabakh, que passou a ser chamado de República de Artsakh com o reconhecimento da Armênia, mas a não ser reconhecida pela comunidade internacional.

Nasceu então uma guerra na região no final de 2020, findada com um acordo de paz entre o Azerbaijão, a Armênia e a Rússia no dia 10 de novembro desse ano e com 2800 mortos por causa dos conflitos a maioria soldados.

* Chechênia e Daguestão
Duas Republicas autónomas a Chechênia e o Daguestão ambas de maioria islâmica, que fazem parte da Rússia, localizadas no extremo sudoeste do país, e procuram conquistar a sua independência da Russia desde pelo menos o fim da URSS no ano de 1991.

Durante a formação da União Soviética, a Chechênia e a Inguchétia, também um território russo, foram unidas e incorporadas ao domínio soviético, porém se separaram tão logo a URSS chegou ao fim.

Vários movimentos separatistas chechenos surgiram na região, e o território declarou por duas vezes a sua independência em relação à Rússia e na segunda vez, em 1994, eclodiu a Primeira Guerra da Chechênia, que se estendeu até 1996.

A Segunda Guerra da Chechênia, chamada também de Guerra do Daguestão, aconteceu em 1999, havendo até uma invasão de rebeldes chechenos na capital russa, Moscovo, e também na região do Daguestão, onde se pretendia criar um Estado Islâmico independente sendo uma região com um grande valor estratégico devido ao acesso ao mar Cáspio, além de abrigar oleodutos e gasodutos russos.

As petrolíferas como de costume…

As hostilidades ainda não cessaram definitivamente, mas uma parte dos Chechenos estão claramente do lado russo ate no conflito ucraniano.

* Ossétia do Sul e Geórgia
A Ossétia do Sul é um território localizado na Georgia com uma população de maioria osseta (ou alanos), originária da região da Ossétia, no Cáucaso, com raízes compartilhadas com o povo russo.

Surgiu na região um movimento separatista no final da década de 1980, e os conflitos diretos com a Geórgia rebentaram no ano de 1990.

Entra também em guerra civil , outra região separatista do país a Abecásia e no ano de 2004, o recém-eleito presidente da Geórgia abriu diálogo com a Ossétia do Sul, negociando a autonomia da região sob a condição de se manterem como parte do território georgiano e com apoio vindo da Rússia, ambas as regiões declararam a sua independência mas não foram reconhecidas pela Geórgia ou pela comunidade internacional.

Em 2008, acontece a chamada Guerra da Ossétia do Sul, com a atuação direta da Geórgia na tentativa de travar o movimento separatista, mas a intervenção russa impôs fim ao conflito.

A Geórgia perdeu o controle de parte de ambos os territórios, mas não houve o reconhecimento formal de independência.

* Transnístria

A Transnístria é uma república separatista localizada entre os territórios da Moldavia e da Ucrânia, com uma população ucraniana russa e moldava.

A região declarou a sua independência da Moldávia logo após a dissolução da URSS, depois de uma guerra chamada de Guerra da Transnístria, ocorrida no ano de 1992.

Um referendo no ano de 2006 demonstrou o desejo de independência da Transnístria e de uma possível incorporação à Rússia mas a outra parte da comunidade internacional reconhece o território como parte da Moldávia, e as disputas na região permanecem até o presente.

Não esqueçamos a guerra da Bósnia (1992–1995) e o conflito que, em 17 de fevereiro de 2008, gerou a independência de Kosovo.

Este território não foi plenamente reconhecido como um país pela Sérvia, do qual constituía província, nem por grande parte da comunidade internacional.

Eis como nos confrontamos com um cenário de quase permanente instabilidade desde finais da década de 1980 e onde a ganância estadunidense reaganiana se divertia a ver cair peça após peça até a velha Russia, sim a czarista!

Como se vê o que ha mais na região é guerra!

E claro no acicatar a guerra lá está a sra Leyen, presidente em fim de festa da Comissão Europeia e a ter de findar mesmo para regressar aos seus poneis.

E no meio deste desastrado conflito feito de mantas de retalho de pequenos conflitos os vendilhões de armas empurram os países para os piores cenários e alimentam o reaparecimento do serviço militar obrigatório.

Assim, na Áustria ha desde 2013 um serviço militar obrigatório de seis meses, ou nove meses com benefícios sociais alternativos.

Na Suíça, todos os homens com mais de 18 anos são obrigados a cumprir o serviço militar, enquanto para as mulheres é voluntário.

Na Polónia o serviço militar obrigatório foi abolido em 2009, e o Governo decidiu em 2017 reforçar o exército com a criação da Força de Defesa Territorial, um corpo paramilitar composto por cerca de 30 mil voluntários, que com a invasão da Ucrânia foi aumentado para 50 mil.

Na Estónia , o serviço militar é obrigatório para todos os jovens, com duração de entre 8 e 11 meses, dependendo da especialização.

Na Lituânia reintroduziu-se o dito serviço militar obrigatório em 2015 para homens entre os 18 e os 26 anos, depois de o ter abolido em 2009.

O Parlamento da Letónia, por seu lado, aprovou a Lei do Serviço de Defesa Nacional em 2023, que prevê a reintrodução do serviço militar voluntário para homens maiores de 18 anos, e obrigatório a partir de 2024.

Na Noruega, não só todos os homens, mas também todas as mulheres, são obrigados a submeter-se a exames físicos militares desde 2016, mas apenas cerca de 9 dos 60 mil que se submetem anualmente são convocados para o serviço militar obrigatório, que se estende por 19 meses.

Na Dinamarca, o serviço é obrigatório, embora normalmente haja voluntários suficientes para preencher as vagas disponíveis.

Na Suécia reintroduziu o recrutamento em 2018 devido à falta de recrutas.

Na Finlândia, os homens são convocados para o serviço militar quando completam 18 anos e a sua duração varia de 6 a 12 meses.

Na Grã-Bretanha, esta de regresso o debate sobre o serviço militar obrigatório e os mesmos altos responsáveis militares que guerreiam clandestinamente do lado ucraniano defendem nas últimas semanas o mesmo serviço que, será difícil de implementar num país onde não existe há seis décadas

Em França, o serviço militar obrigatório foi estabelecido pela Revolução em 1789, e abolido por Jacques Chirac, presidente conservador, em 1997, para profissionalizar os exércitos do país e a sua defesa.

Os presidentes Nicolas Sarkozy, entre 2007 e 2012, e François Hollande, entre 2012 e 2017, assumiram a profissionalização dos exércitos, confirmando a abolição do serviço militar.

Além da Alemanha e de França, a Sérvia também estuda a reintegração do serviço militar obrigatório, que foi suspenso em 2011.

A Bélgica também aboliu a obrigação, mas as suas Forças Armadas têm dificuldades em recrutar o número necessário de efetivos e criaram um Serviço de Utilidade Coletiva (SUC), com duração de um ano, destinado a jovens entre os 18 e os 25 anos, para quem não tem ensino superior e nenhum emprego estável.

A Croácia suspendeu o serviço militar obrigatório em 2008, antes de integrar a NATO, mas estuda implementar um treino de pelo menos um mês para os que cumpram a maioridade.

Entre as grandes potências militares, nem os Estados Unidos nem a China têm serviço militar obrigatório nem a Índia, nem o Paquistão ou Japão.
Enfim ha que assumir que hoje, século XXI, a Defesa e Segurança não passam em nada por conflitos etno-tribais mas sim por problemas centrados na defesa de um Ambiente São no combate à Crise Climática, na Defesa das Florestas, nacionais, continentais, globais, na Defesa da Qualidade das Águas e dos Solos e na gestão racional da totalidade dos Recursos Naturais.

Para essa função deveríamos contar com uma nova visão Estratégica das Forças Armadas integradas nessa Defesa dos Recursos Internos contra inimigos reais internos e externos !

Assim sao essenciais um diálogo em prol da boa relação Pessoa/Natureza com quem defende tal aos anos - os ecologistas - como a rejeição da visão neandertal das tais forças armadas feitas para “aniquilar o outro”!

A visão antiga dos “guardas florestais”, dos “guardas da natureza” e por aí fora tem de ser superada pela visão Nós Pessoas mais Nós Seres Vivos, Nós Planeta Terra!

https://youtube.com/watch?v=9ZUyB5dRwg0&si=SF8jbUwWvlg3MUH7