Antes de tudo o mais houve ou não falha na inspeção à limpeza das matas e floresta?

Tal como em 2017 o que parece bem evidente é que o cumprimento da lei no que concerne à limpeza das matas e florestas ficou muito a desejar!

E resta saber se o MAI soube prevenir esse risco em tempo certo com multas e penalizações, o que estranhamos que tenha acontecido

E se nao aconteceu a srs ministra deve assumir a responsabilidade e demitir-se!
So a seguir vêm “os pormenores”, como o saber se a presidente da Câmara de Arouca, Margarida Belém, tem razão no que revelou que tentou contactar a governante, mas esta tinha "o telemóvel desligado"!

 Assim, a autarca vai mais longe quando diz que sentiu "falta de quem lidera" durante a primeira noite de combate às chamas e que a "senhora ministra o tinha efetivamente desligado".

E criticou: "Nos momentos críticos, nas grandes dificuldades que são imputadas aos responsáveis das Câmaras, é importante que quem lidera conheça a realidade".

O Ministério da Administração Interna apressou-se a esclarecer o sucedido, garantindo, em comunicado, que tentou o "contacto direto" com a autarca, "quer para o seu telemóvel, quer para os Paços do Concelho de Arouca", mas sem sucesso, "pese embora a insistência", sabendo-se que o municipio de Arouca tem 7 vereadores, 4 do PS e 3 do partido da sra ministra, o PSD

Ora a resposta da ministra falha e a ideia da união não pode servir dd bloqueio à critica democrática, “Julgamos que o momento deve ser de união e de esforço comum e conjunto para salvaguarda de vidas humanas e os seus haveres. (…) Foi com total surpresa que tomámos conhecimento de uma notícia em que se relata que a senhora presidente da Câmara Municipal de Arouca, terá tentado contactar a senhora ministra da Administração Interna, sem temporalizar o momento em que tal terá acontecido, e não terá conseguido o contacto", acrescentou a nota.

E se o gabinete de Margarida Blasco respondeu às acusações da presidente da Câmara de Arouca num comunicado a própria ministra viria ao final do dia, quando questionada sobre o assunto numa conferência de imprensa, explicar que foi verificar os seus contactos e não tinha qualquer telefonema da autarca porque o número de telefone que lhe foi dado não era o seu….

Não seria dever da ministra e dos seus assessores manter o contato com todos os presidentes de municipio e seus vereadores quando envolvidos em crises como estas onde estão em risco património e pessoas?

Margarida Blasco acrescentou ainda que o secretário de Estado da Proteção Civil "ainda hoje [quinta-feira] falou com a senhora presidente da câmara, assim como fez praticamente com todos os autarcas deste país".

A ministra da Administração Interna fez a sua primeira declaração pública ao quinto dia de incêndios, e justificou o seu silêncio com o conselho das autoridades para "que não haja intervenções desadequadas e desnecessárias" no teatro de operações.

"Aconselham que não haja intervenções e presenças desadequadas nos teatros de operações, por ser o tempo de informar sobre os pontos de situação ou recomendações necessárias. Foi o que fizemos", confundindo as selfies marcélicas com o obrigatório acompanhamento das crises!

Margarida Blasco referiu haver "tempo para prevenir", e nao houve cabal prevenção, “para agir", e parece que o minisyerio ss quedou na expectativa “para acompanhar funerais", frase bem infeliz esta!…

E, finalmente, há o momento, como este, para falarmos ao país", disse.

Para a ministra os incêndios que lavram em Portugal continental têm sido combatidos "com o maior dispositivo de combate alguma vez mobilizado" no país o que mostra o como se falhou no controlo ante isto é no controlo das linpezas de matas e florestas .

Na verdade segundo a ANEPC, Margarida Blasco disse que entre sábado e quarta-feira "foram registadas 1044 ignições (incluindo 416 em período noturno), empenhados 37.772 operacionais, 10.639 meios terrestres e efetuadas 827 missões aéreas de combate, a que correspondem 8.757 descargas", num custo ecológico, económico e social enorme e desnecessário!

A ministra recusou, contudo, responder se houve falhas no combate aos incêndios, mas revelou que será elaborado um relatório.

Sete pessoas morreram e 161 ficaram feridas devido aos incêndios que atingem desde domingo sobretudo as regiões Norte e Centro do país, nos distritos de Aveiro, Porto, Vila Real, Braga, Viseu e Coimbra, e que destruíram dezenas de casas.

A ANEPC contabiliza cinco mortos, excluindo da contagem dois civis que morreram de doença súbita.

A área ardida em Portugal continental desde domingo ultrapassa os 121 mil hectares, de acordo com o sistema europeu Copernicus, que mostra que nas regiões Norte e Centro já arderam mais de 100 mil hectares, 83% da área ardida em todo o território nacional.

O Governo declarou situação de calamidade em todos os municípios afetados pelos incêndios nos últimos dias e sexta-feira dia de luto nacional.

Joffre Justino