Ao comemorarmos mais um aniversário de nascimento do escritor e poeta argentino Juan Gelman, o mundo recorda a sua obra literária pela sua capacidade de brincar com a musicalidade e o ritmo das palavras e a riqueza dos registos.
O intelectual argentino foi um inventor de palavras muito antes da ditadura assassinar seu filho e levar a sua neta, uma tragédia que marcou a sua vida e o transformou num poeta dedicado à luta contra o esquecimento que manteve até sua morte no México, em 2014.
O jornalista e poeta nasceu a 3 de maio de 1930 abandonou a licenciatura em Química para se dedicar às letras, paixão pela qual mereceria o Prêmio Miguel de Cervantes de Literatura em Espanhol em 2007, pela capacidade de brincar com a musicalidade e. o ritmo das palavras e a riqueza dos registros.
Naquela época, o ministro da Cultura espanhol, César Antonio Molina, destacou que Gelman tinha a poesia tatuada nos ossos, e o escritor argentino, por sua vez, garantiu que nunca considerou a poesia uma profissão.
“A poesia é algo que vem quando quer e não é que se possa invocá-la ou convocá-la: ninguém se senta para escrever poemas porque quer ou porque se propõe”, confessou o argentino cuja obra foi marcada pelo amor e a dor e a morte vividas durante a última ditadura.