O aumento recente no custo do cabaz alimentar essencial monitorizado pela DECO PROTeste é mais uma demonstração da complexidade económica vivida em Portugal.

Na última semana, o valor do cabaz — que inclui 63 bens essenciais como carne, peixe, frutas, legumes e produtos lácteos — subiu quase 7 euros, passando de 227,97 euros para 235,44 euros.

Este incremento semanal representa um acréscimo de 3%, com produtos específicos a registarem aumentos ainda mais significativos, como o fiambre da perna extra, que subiu 20% em apenas uma semana.

Desde o início do ano, o cabaz tem revelado uma oscilação constante, impulsionada por fatores como a inflação, a pressão sobre os custos de produção e as cadeias de distribuição.
Em janeiro, o valor deste cabaz era ligeiramente mais alto, fixando-se em 236,04 euros. No entanto, oscilações semanais e mensais — muitas vezes acentuadas — evidenciam a volatilidade do custo de vida em Portugal, colocando os consumidores numa posição de vulnerabilidade constante, especialmente os que dispõem de orçamentos mais limitados.

Para muitos, esta realidade levanta questões sobre o futuro financeiro das famílias portuguesas, que enfrentam aumentos frequentes em itens de consumo básico. De acordo com especialistas da área, a tendência inflacionária nos alimentos essenciais é preocupante e, embora parte da subida de preços esteja relacionada com fatores externos, como a guerra na Ucrânia e as quebras nas cadeias de abastecimento, o impacto direto é sentido no bolso dos consumidores portugueses, que, muitas vezes, são obrigados a ajustar drasticamente os seus padrões de consumo para fazer face a estes aumentos.