Os investigadores Susana Peralta, Bruno Carvalho e Miguel Fonseca assumem pois que “aumentou a percentagem da população pobre sem capacidade para aquecer a casa, para assegurar uma despesa inesperada, para pagar uma semana de férias, para comer proteínas em dias alternados, para substituir móveis usados, para comprar roupa, para encontros sociais uma vez por mês, ou para adquirir computador”.
Este estudo divulga ainda que são os mais pobres que menos confiança têm nas instituições do Estado, apontando para uma maior facilitação em aceitar os discursos populistas direitistas!
Haverá assim um impacto significativo da inflação na capacidade dos pobres terem acesso a bens essenciais que cada vez mais têm dificuldade em aceder aos mesmos
Alias o fim do mês é assim uma data cada vez mais difícil de atingir para pobres e não pobres gerando sobreendividamentos crescentes segundo o relatório em analise.
Em consequência os 25% mais ricos detêm cerca de 47% da riqueza do país, enquanto que os 25% mais pobres, que detêm somente 10,8%.
Eis a prova da incapacidade das políticas caritativas em resolverem o drama da concentração da riqueza em cada vez menos famílias!
A Democracia e a economia de mercado só se compatibilizam com luta social democraticamente gerida !
Joffre Justino
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Foto de destaque: IA; A imagem foi criada para ilustrar o artigo, mostrando o contraste entre riqueza e pobreza em Portugal, com elementos que destacam a desigualdade económica e as dificuldades enfrentadas pela população mais vulnerável.