Cerca de 37 mortes e um número desconhecido de pessoas raptadas eis o resultado da nova série de ataques das milícias das Forças Democráticas Aliadas (AFD) na província do Kivu do Norte, na República Democrática do Congo.

Os incidentes ocorreram no território de Beni, mesmo na zona de Babila-Bakaiko confirmado pelo presidente da sociedade civil local, Kinos Katuho.

Em declarações à rádio das Nações Unidas no país, Rádio Okapi, Katuho lamentou as mortes registadas e noticiou que a AFD “queimou nove casas, sete motos e várias pessoas estão desaparecidas ou raptadas”.

A imprensa local noticia que os militares congoleses realizaram uma caçada humana aos envolvidos nos ataques, ainda sem se conhecer os resultados.

Embora Katuho tenha fornecido uma avaliação dos danos humanos, o número de mortos é provisório pois alguns dos desaparecidos poderiam ter sido executados após os massacres.

Criado na década de 1990, o grupo AFD do Uganda atua sob a bandeira do Estado Islâmico na África Central (ISCA) e é descrito como extremamente violento pelas Nações Unidas que lhe atribui a autoria de mais de mil assassinatos de civis em 2021.

 A AFD é uma das 100 entidades armadas que operam no Congo e os ataques perpetrados pelas suas forças durante 2024 levaram a uma nova onda de violência no leste da nação africana.

Joffre Justino