Depois um relato bem fundamentado o deputado Hugo Carneiro termina escrevendo “ .. é preciso tambem ter consciência de que num Estado de direito todos os poderes estão sujeitos a escrutínio e quando um poder seja ele qual for age arbitrariamente e na margem da legalidade é obvio que é preciso que algo mude”!
Quem teve de aturar os interrogatórios dos pides conhece bem a arrogância dos ditos agentes que se achavam acima da lei ( e na verdade estavam e pior estão ), como não esqueceu a violência física psicológica e verbal que os interrogatórios envolviam e a pouca experiência que tive com procuradores da republica no pos 25 de abril mostrou-me que pouco mudaram no estilo esses mesmos interrogatórios
Num primeiro caso vivido por ter sido formador numa ação de formação profissional para jovens da UGT tive de aturar um procurador que achou que podia fazer sozinho o papel de pide bom e pide mau quase que num ‘justintime” absurdo e num segundo caso ja no tribunal tive de contra berrar aos berros de um procurador que entrou em histeria porque me atrevi a dizer que o país, apesar de tudo, muito devia a Torres Couto… imagine-se !
Acho que ao primeiro ainda contei que num interrogatório um sub inspetor acho que Sotomaior de nome me disse oh sr justino pondo uma esferográfica entre dois dedos os srs estao nesta ponta de baixo o governo está na de cima e nós no meio e virando a esferográfica continuou quando isto mudar os srs estarão na ponta de cima o governo de agora na de baixo … e … triunfal… nós continuaremos no meio!
Impunes portanto à justiça!
E nao é que nao sendo bem assim foi na verdade quase assim ?
E com uma desvantagem - nós, as e os cidadaos esses nao ficámos na ponta de cima … continuamos na de baixo!
E os novos novos pides no meio, a usufruir de impunidade e regalia… pseudo democrática!
Pô-los a votos, aos juizes, aos procuradores eis a unica democrática solução!
Não ha outro escrutínio!
Joffre Justino
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Foto de destaque: IA; imagem foi criada para ilustrar o artigo crítico sobre o sistema judicial em Portugal, destacando a necessidade de escrutínio democrático e mudança.