A linha de emergência 112 em Portugal está a tornar-se uma verdadeira "crise de socorro" nacional, e este problema é, antes de mais, uma questão política.

Num país que se orgulha de garantir direitos básicos aos seus cidadãos, é inaceitável que o serviço de emergência pública esteja num estado de tamanha degradação. As recentes tragédias associadas a atrasos no atendimento – com duas mortes denunciadas nos últimos dias – evidenciam a gravidade de uma situação que exige uma resposta urgente e eficaz.

Nesta questão, a responsabilidade política é incontornável. O governo tem de assumir o peso desta responsabilidade e não pode continuar a ignorar ou relativizar as suas falhas. É inadmissível que, num sistema democrático e num estado de direito, o governo s