Num evento carregado de emoção, António Manuel Ribeiro, poeta, compositor e voz dos UHF, foi distinguido com o título de Embaixador do "Bobadela Vila Rock", um reconhecimento ao seu papel como defensor e promotor do rock português, que vai muito além da música. O momento contou ainda com a presença do Coronel João Andrade da Silva, da Associação Salgueiro Maia, e de outros músicos, num debate sobre o impacto da música e do ativismo na sociedade.
A conversa fluiu naturalmente, com partilha de histórias e experiências que refletem o espírito de resiliência dos UHF, banda que desde 1978 tem lutado pela consolidação do rock em português, sempre com uma postura crítica e ativa face às mudanças sociais e culturais do país. Para António Manuel Ribeiro, “a música sempre foi um instrumento de transformação, tanto pessoal como coletivo. O rock, em particular, tem essa capacidade de romper barreiras e despertar consciências, e nós, os UHF, sempre quisemos estar na linha da frente dessa revolução.”
António Manuel Ribeiro, sempre fiel à sua visão artística e comprometido com o papel da música na luta por valores, emocionou os presentes ao relembrar o percurso da banda e o impacto que os UHF tiveram ao longo das últimas quatro décadas e meia. “Não foram 45 anos simples, mas foram 45 anos em que a música e a palavra nos guiaram. Lutámos por este país e pela nossa língua, e essa é a nossa maior vitória”, afirmou o líder dos UHF.
Este evento simbólico insere-se no contexto da 10.ª edição do Bobadela Vila Rock, festival que celebra a música nacional e onde, naturalmente, os UHF têm um lugar de destaque. A banda será a grande responsável pelo encerramento do festival, no dia 14 de setembro, num espetáculo que promete ser uma viagem pelos maiores sucessos de sua carreira.
O Presidente da Junta, Nuno Leitão, sublinhou o impacto cultural dos UHF na comunidade: “São 45 anos de resistência, de proteção e de paixão. António Manuel Ribeiro e os UHF são um exemplo vivo de como a música pode ser um motor de mudança e de coesão social. Esta homenagem é apenas um pequeno gesto de gratidão por tudo o que fez e continuar a fazer.”
Assim, a homenagem aos UHF não foi apenas um reconhecimento dos seus 45 anos de carreira, mas também uma reafirmação do poder da música como um instrumento de transformação, tanto pessoal como social. E como bem o diz António Manuel Ribeiro: “Enquanto houver uma guitarra e uma voz para cantar, o rock português continuará a resistir.”
Não perca o fecho apoteótico deste capítulo no dia 14 de setembro, no Bobadela Vila Rock. Os UHF vão lá para nos lembrar porque são uma lenda viva do rock nacional.
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