A greve dos Técnicos Superiores de Diagnóstico e Terapêutica (TSDT) teve início em 28 de outubro de 2024 e prolongar-se-á até 31 de outubro, com uma adesão significativa que, em várias regiões, ultrapassa os 80%.
Este protesto, convocado pelo STSS, Sindite e Sintap, visa pressionar o Governo a responder a questões centrais como a progressão na carreira, a atualização das tabelas salariais e a correta aplicação dos pontos da avaliação de desempenho, elementos que afetam diretamente o posicionamento remuneratório e a justiça salarial dos profissionais.
Com esta paralisação, uma vasta gama de serviços complementares de diagnóstico e terapêutica – incluindo análises clínicas, ecografias, raios X, assim como terapias hospitalares, como fisioterapia e terapia da fala – foram suspensos, impactando não só diagnósticos, mas também tratamentos e cirurgias programadas.
Para mitigar os efeitos nos cuidados essenciais de saúde pública, estão garantidos apenas os serviços mínimos, nomeadamente o apoio às urgências e o tratamento de doentes oncológicos.
Além das questões salariais e da progressão, os profissionais exigem a admissão de novos técnicos e a abertura de concursos que possam combater a precariedade e assegurar uma carga de trabalho equitativa.
Para o presidente do STSS, Luís Dupont, é imperativo que o Governo tome medidas concretas e imediatas; apenas uma reunião para “agenda” de negociação não basta. Segundo ele, a greve só será suspensa quando houver avanços reais nas reivindicações, que se tornaram incontornáveis para uma classe que reivindica o direito à valorização e ao reconhecimento do seu papel essencial no Sistema Nacional de Saúde.