Técnicos superiores de diagnóstico e terapêutica no segundo dia de greve em protesto junto ao Ministério

Os sindicatos dos técnicos de diagnóstico e terapêutica realizam esta terça-feira uma concentração em frente ao Ministério da Saúde, em Lisboa. Eis uma forma de dar visibilidade ao segundo dia de greve para exigir respostas às reivindicações de três sindicatos, desta classe profissional que estão desde segunda-feira numa greve de quatro dias.

A greve dos Técnicos Superiores de Diagnóstico e Terapêutica (TSDT) teve início em 28 de outubro de 2024 e prolongar-se-á até 31 de outubro, com uma adesão significativa que, em várias regiões, ultrapassa os 80%.
Este protesto, convocado pelo STSS, Sindite e Sintap, visa pressionar o Governo a responder a questões centrais como a progressão na carreira, a atualização das tabelas salariais e a correta aplicação dos pontos da avaliação de desempenho, elementos que afetam diretamente o posicionamento remuneratório e a justiça salarial dos profissionais.

Com esta paralisação, uma vasta gama de serviços complementares de diagnóstico e terapêutica – incluindo análises clínicas, ecografias, raios X, assim como terapias hospitalares, como fisioterapia e terapia da fala – foram suspensos, impactando não só diagnósticos, mas também tratamentos e cirurgias programadas.

Para mitigar os efeitos nos cuidados essenciais de saúde pública, estão garantidos apenas os serviços mínimos, nomeadamente o apoio às urgências e o tratamento de doentes oncológicos.

Além das questões salariais e da progressão, os profissionais exigem a admissão de novos técnicos e a abertura de concursos que possam combater a precariedade e assegurar uma carga de trabalho equitativa.

Para o presidente do STSS, Luís Dupont, é imperativo que o Governo tome medidas concretas e imediatas; apenas uma reunião para “agenda” de negociação não basta. Segundo ele, a greve só será suspensa quando houver avanços reais nas reivindicações, que se tornaram incontornáveis para uma classe que reivindica o direito à valorização e ao reconhecimento do seu papel essencial no Sistema Nacional de Saúde.