Na Academia Socialista, a líder parlamentar do PS pediu um minuto de silêncio em memórias das vítimas do acidente no Rio Douro, seguindo para o apontar o dedo à Aliança Democrática, alertando que “o pior está por vir”.
“O PS só permitirá que esse mesmo governo ultraminoritário continue a governar se as políticas forem boas e se corresponderem, ainda que em parte, à agenda social-democrata e progressista do PS”, disse.
O Governo, na visão socialista, “quer empurrar o PS para uma viabilização do OE com o mínimo de diálogo ou negociação”. Se o documento for apenas um “Orçamento de direita”, os socialistas colocam-se de fora.
“Um Orçamento do Estado de direita só pode ser aprovado pelas forças políticas de direita na AR. Não contem com o PS para isso”, avisou Alexandra Leitão.
O PS “não se deixa pressionar, nem humilhar” e para a viabilização do documento é necessário diálogo com a oposição. As reuniões com os partidos, nos primeiros meses da governação, não passam de “speed dating para inglês ver”.
“O Governo finge que quer negociar, como fez quando marcou reuniões com os diferentes grupos parlamentares sobre habitação, imigração, justiça. Uma espécie de “speed dating para inglês ver”, apontou.
Ou seja, o diálogo tem de “ser sério”, entende Alexandra Leitão que refere ainda que “nenhuma liberdade está garantida e nenhum direito está assegurado”.
E fica pois Mariana Mortágua obrigada a esclarecer melhor a sua posição
Mas o PS vai mais longe e quer lançar o debate para alargar o prazo para a interrupção voluntária da gravidez.
“Vamos regulamentar a objeção de consciência na interrupção voluntária da gravidez e lançando o debate sobre a despenalização do aborto realizado por opção da mulher para além das dez semanas (como eu, pessoalmente, defendo há muito)”, lembrou.
Apesar de contar com poucos meses na liderança da bancada socialista, Alexandra Leitão tem sido apontada a novos voos políticos, como uma possível candidatara à câmara municipal de Lisboa.
Foi o mote para uma pergunta lançada por um jovem socialista, que teve uma resposta pouco esclarecedora.
“Estou de corpo e alma como líder parlamentar, sem prejuízo de nunca ter escondido que acho interessante o trabalho que se faz nas autarquias. Mas, neste momento, estou neste lugar e com gosto”, respondeu.
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