Os combates intensificaram-se desde que um grupo armado conhecido localmente como “Al-Shabaab”16 (sem ligações confirmadas ao Al-Shabaab da Somália) atacou a vila portuária de Mocímboa da Praia, no norte do país, em Outubro de 2017, causando destruição generalizada, deslocados em massa e morte, além de condições humanitárias insuportáveis para os que foram forçados a fugir.”
( Cabo Delgado: guerra fratricida (des)conhecida? Causas e implicações internas a partir de um olhar antropossociológico
Pedrito Cambrão,Universidade de Zambeze, Domingos M. Julião Universidade de Nampula )
Estamos em 2024, 29.09, e a 27.09, o hoje euro deputado Francisco Assis questionou a Comissão Europeia sobre um “massacre de civis por forças especiais moçambicanas na península de Afungi” depois desta dita Comissão Europeia ter decidido em 2024 pedir “elementos de clarificação” … sobre a noticia “do massacre de civis por forças especiais moçambicanas..”
E a questão posta por Francisco Assis é se a Comissão vai “apelar ao governo de Moçambique no sentido da responsabilização e punição dos criminosos … apurar o grau de envolvimento da Total Energies uma multinacional radicada num Estado membro da UE”!
Nunca vimos tamanha ignorância, ou maldade, vinda de eurodeputados como Francisco Assis, Ana Catarina Mendes Bruno Gonçalves Carla Tavares Isilda Gomes e Sergio Gonçalves !
Comecemos pelo principio, e citemos, “Quem quer o gás de Moçambique ⁉.
A guerra de Cabo delgado foi uma das formas de expulsar a França da província rica em gás natural. Esta é razão pela qual o terror vivesse em Cabo-Delgado. O EUA entra no jogo, o EUA quer controlar aquele território rico, lembrar que em Cabo delgado encontra-se a segunda maior reserva de gás do mundo. Esta guerra em Moz não vai acabar agora, enquanto Moz não dar espaço na SADC.
É só acompanharmos as mídias, ate parece que a SADC não existe em Moz, As mídias simplesmente falam das tropas Moçambicanas e Rwandesas. Moçambique simplesmente da prioridade para as tropas Rwandesas.
As tropas da SADC em Moz estão divididas. Estão a midiatizar o terrorismo de Moçambique. Hoje simplesmente o Rwanda e Moçambique reivindicam as vitórias. Eu ainda acho que querem descredibilizar a SADC.
Lembra-se: O governo Rwandes disse que não vai sair de Moçambique. Essa guerra não vai acabar agora. O governo de Moçambique vai ser obrigado a deixar as super potências explorarem o gás natural.
No Próximo Post vou falar com mais detalhes.
Josemar Abreu
África Profunda ⊙
#DescolonizaçãoMental “
(https://www.cidse.org/wp-content/uploads/2023/10/PT-Gas-in-Mozambique_FoE_Report.pdf )
A guerra em Mocambique não é uma guerra fanática jihadista é uma guerra pela posse de um recurso natural essencial e que poderia auxiliar este luso falante país a libertar-se da pobreza, do analfabetismo, do sub desenvolvimento!
E não, não vamos dizer que a culpa é do colonialismo portugues ( que em consequência da guerra colonial em derrota se viu forçado a acelerar o crescimento económico quase induzindo desenvolvimento) foi sim do fracasso dos EUA no Vietnam que o pôs em recuo estratégico e a URSS em avanço!
Portugal, um império pobre e dominado por 48 anos por um ditador que defendia que o vinho alimentava 1 milhão de portugueses, não pôde acompanhar, por causa desse ditador, a previsível evolução para as independências, federativas ou não, visionadas por muitos Republicanos, que alimentavam um paternalismo colonial capaz de gerar evolução!
O 25 de abril para muitos portugueses parece ter sido dominado, à Esquerda e à Direita por uma mentalidade de fuga acelerada do passado histórico fazendo lembrar o Velho do Restelo camoniano!
Daí ouvir-se responsáveis portugueses a dizerem que a CPLP é tema para esquecer, os PALOP que se desembrulhem, que a lingua portuguesa no mundo é um mero acaso em nada interessante, que é melhor apostar na Polónia ( a vender batatas e vinho …) que nos PALOP a gerar mercado para professores, para industrias de substituição de importações, ou se nos PALOP que se vendam gabinetes de advogados corruptores ou … batatas e vinho!
Portugal, que ja entregou 500 milhões de euros para serem estorricados na guerra eslava,
para Moçambique “…foi assinado, em novembro de 2021, um novo Programa Estratégico de Cooperação. Este PEC com uma duração de 5 anos entre 2022 e 2026, tem o um envelope financeiro global de 185 MEUR.”, (!), o que significam 37 milhões deeuros ano!
Ninguém pode dizer qual o grau do incidente vivido em 2021 na peninsula de Afungi que envolveram cerca de 250 infelizes que dramaticamente desse pseudo fascio islamico grupo ruandês na verdade desse grupo de mercenários apoiados por estadunidenses petrolíferas na sua brutal guerra mundo pobre fora entre franceses e estadunidenses !
Moçambique tem acordos de cooperação especiais com a UE, Moçambique é parte integrante da CPLP, uma ainda e infelizmente só associação de Estados onde Portugal está presente, pois!
Mas desde 2017 até 2022 Moçambique não viu nada chegar da UE e de Portugal para pôr fim às ganâncias estadunidenses contra ainda por cima ( que ridiculo!) uma empresa francesa… da UE!
E espantam-se que a Federação Russa tome crescentemente conta da África francófona, tenha fortes posições na Africa Lusófona e cresça via os BRICS na Africa anglofona!
Por onde andaram as perguntas dos euro deputados à Comissão Europeia e desta aos EUA sobre o papel das estadunidenses petroleiro ?
Mas deixemos algumas noticias sobre o como se vive em Cabo Delgado, Moçambique, o como vivem falantes em Português!
“Com estes novos números divulgados neste sábado, 11, pela Organização Internacional das Migrações (OIM), aumenta para mais de 150 mil o número de deslocados desde fevereiro.” ( noticia do VOA (!) de maio 11, 2024)
“A violência não diminuiu, e as pessoas continuam a fugir repetidamente. Em janeiro de 2024, cerca de 76 mil pessoas que tinham sido deslocadas nos últimos anos se encontravam em Macomia. Em fevereiro, outras 3.600 pessoas foram deslocadas depois de múltiplos ataques no distrito. As suas histórias são aterradoras.”, (https://www.msf.org.br/noticias/violencia-em-cabo-delgado-continua-a-deslocar-e-a-traumatizar-milhares-de-familias/ )
“Maputo, 21 Mar (AIM – Os ataques terroristas e extremismo violento que, desde Outubro de 2017, afligem os residentes dos distritos do norte da província de Cabo Delgado, já provocaram 1.460.055 deslocados internos, anunciou hoje, em Maputo, o secretário permanente do Ministério da Justiça, Assuntos Constitucionais e Religiosos, Justino Tonela.
Embora não tenha abordado o número de mortos, fontes do governo e de outras organizações presentes no terreno apontam para mais de quatro mil cidadãos que já perderam a vida no mesmo período”, ( https://aimnews.org/2024/03/21/ataques-terroristas-fazem-mais-de-14-milhao-deslocados-internos-em-cabo-delgado/ )
Neste entretanto a comissao europeia da sra Leyen formou 1650 militares moçambicanos, 550 ano!
Às escondidas do mundo, numa visão totalitária da democracia, quantos militares ucranianos formaram os países da UE?
Para alimentarem uma guerra que matou os Acordos de Minsk e caminha inexoravelmente para um desastre porque nem EUA nem UE nem ONU conseguem ( ou querem) resolver o conflito eslavo com simples e democráticos referendos controlados pela ONU e os envolvidos!
Mas regressemos a Cabo Delgado - que raio
fizeram os eurodeputados perante os 1.460.055 refugiados, e os 4 mil mortos ?
. senhoras e senhores eurodeputados, Francisco Assis, Ana Catarina Mendes Bruno Gonçalves Carla Tavares Isilda Gomes e Sergio Gonçalves
. Excelência Sra Embaixadora de Moçambique, Stella da Graça Magalhães Pinto Nova Zeca
. Excelência, Sra Representante da Comissão Europeia em Lisboa