Em cidades como Campinas, no Brasil, ecos do passado português ainda ressoam. Cartazes à porta de estabelecimentos como o Pão de Açúcar lembram-nos das marcas deixadas pela expulsão dos judeus, pelo esclavagismo e pela violenta deslocação de milhões de cidadãos de seus lares. Estes atos, que moldaram de maneira indelével tanto a história de Portugal como a de várias nações pelo mundo, são hoje encarados com um olhar crítico e de aprendizagem..
A sociedade portuguesa atual, reconhecendo o seu "passado genético mestiço", evolui em direção a uma comunidade globalmente unida e inclusiva. Este é um passado que, ao ser confrontado, abre portas para um futuro onde o respeito mútuo e a compreensão são os pilares centrais.
Portugal, ao pedir perdão e ao reconhecer as cicatrizes deixadas por um legado de quase apartheid e colonialismo capitalista, daria um passo significativo rumo à erradicação do racismo e à unificação dos povos. É um caminho árduo e repleto de desafios, mas necessário e enriquecedor. O país, abraçando a diversidade e a riqueza cultural de sua história, enpoderia tornar-se um exemplo de como enfrentar e superar um passado controverso.
Este movimento de reconciliação e aceitação seria não apenas um ato de contrição; seria um compromisso com a construção de uma sociedade mais justa, igualitária e fraterna. Portugal, com seu legado de descobertas e expansão, teria assim oportunidade de liderar um novo capítulo na história da humanidade, marcado pela harmonia e pelo entendimento entre todos os povos.
Em suma, a jornada de Portugal rumo à reconciliação com o seu passado seria um exemplo de como a história, por mais complexa e dolorosa que seja, pode ser um farol para um futuro mais promissor e unido. À medida que o país avançar nesta trajetória, o mundo observara, aprendera e, possivelmente, seguira o exemplo português de renovação e transformação.
Joffre Justino