O chefe de Estado informou ainda que a busca por sobreviventes continua nos escombros.
Segundo o Ministério da Defesa ucraniano, o ataque ocorreu muito pouco tempo após o alerta antiaéreo ter sido acionado.
Os mísseis “apanharam as pessoas a evacuar para o abrigo subterrâneo”. “Graças ao trabalho coordenado de socorristas e médicos, 25 pessoas foram resgatadas, onze das quais conseguiram ser libertadas dos escombros”, acrescentou ja o ministério da Defesa.
Recorde-se que já na semana passada, o comando do exército ucraniano se encontrava sob pressão devido à queda de um caça a jato F-16, uma valiosa e central peça de equipamento militar recentemente entregue a Kiev após mais de dois anos de espera, e ainda com a morte do seu piloto, treinado nos EUA.
Volodymyr Zelensky então demitiu o comandante da Força Aérea, Mykola Oleshchouk.
Na sequência vários ministros, incluindo os das Indústrias Estratégicas, da Justiça e do Ambiente, apresentaram as suas demissões, um prelúdio para mais uma remodelação governamental após dois anos e meio de guerra.
Mas nesta quarta-feira, 4 de setembro, foi o chefe da diplomacia ucraniana, Dmytro Kuleba, a anunciar a sua demissão.
No mesmo dia, um ataque russo atingiu Lviv, uma grande cidade no oeste da Ucrânia, matando sete pessoas, incluindo três crianças.
O ministro dos Negócios Estrangeiros da Ucrânia, Dmytro Kuleba, apresentou a demissão, numa carta dirigida ao Verkhovna Rada (parlamento) do país.
"O Verkhovna Rada recebeu uma declaração do ministro dos Negócios Estrangeiros da Ucrânia, D.I. Kuleba, sobre a sua demissão", escreveu o presidente do parlamento, Ruslan Stefanchuk, nas redes sociais.
Este responsável anunciou ainda que a demissão de Kuleba vai ser discutida numa das próximas sessões plenárias do parlamento.
Kuleba, 43 anos, ocupava a liderança dos Negócios Estrangeiros desde 2020.
A demissão surge após os ministros da Justiça, das Indústrias Estratégicas e do Ambiente terem apresentado a demissão ao Parlamento, juntamente com o diretor do Fundo de Propriedade do Estado.
O Presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, deverá anunciar esta quarta-feira mudanças em mais de metade do governo, disse na terça-feira o porta-voz do partido do líder ucraniano, Servo do Povo, no parlamento, David Arajamia, num ambiente de forte tensão interna ao regime
"Tal como prometido, esta semana podemos esperar uma mudança importante no governo. Mais de 50% dos membros do Conselho de Ministros vão sofrer alterações", anunciou Arajamia no Telegram, quando começaram a circular vários nomes que estão de saída do executivo.
Explicou ainda, na mesma plataforma de mensagens, que as demissões serão anunciadas esta quarta-feira e as nomeações dos novos membros do governo um dia depois.
Enquanto que as forças ucranianas reivindicam o controlo de parte da província russa de Kursk, as tropas de Moscovo continuam a progredir na frente de Donetsk, no leste da Ucrânia, ao mesmo tempo que os seus raides aéreos castigam as infraestruturas energéticas do país, antes da chegada do inverno.
Convém recordar os seis mil presos políticos, as centenas de milhar de deserções e a recente ilegalização de uma parte de igreja ortodoxa dita russa que originou um forte protesto do papa Francisco !
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Antonio de Sousa