“O Governo vai ter a mesma posição que teve noutras circunstâncias. Tudo o que podermos fazer, no estrito cumprimento da lei, estamos disponíveis, desde que isto não fira o princípio de ingerência no mercado, o que não queremos”, afirmou o ministro dos Assuntos Parlamentares, Pedro Duarte, num debate setorial, que decorre na Assembleia da República, depois de ser questionado se o Governo pretendia adotar a mesma posição na TiN, que assumiu no processo da Inapa, de não injetar dinheiro.

Enfim o PSD apostou milhoes num evento e uma semana por ser catolico mas recusa investir numa empresa de um setor que é mais que um setor de entretenimento!

Via a APCT-Associação Portuguesa para o Controlo de Tiragens acompanhamos o afundamento progressivo da circulação dos principais jornais e revistas, mesmo dos títulos mais antigos ou conhecidos e, até, da Imprensa desportiva.

Vejamos o Expresso que vende hoje metade do que já vendeu, e se  compense, de certa forma

com as assinaturas digitais já o  o Correio da Manhã é o que mais vende mas tambem em queda continuada e é fraco em assinaturas; o Público é o contrário é  fraco em banca, mas líder nas assinaturas digitais; o centenário Diário de Notícias tem uma venda residual em banca e as assinaturas seguem pelo mesmo caminho; o Jornal de Notícias não conseguiu inverter a tendência de erosão em suporte papel, e tem resultados frouxos nas assinaturas digitais.

No meio digital o Observador, não ser auditado pela APCT, reivindica cerca de 30 mil assinantes.

Enfim o declínio da Imprensa em papel é irreversível, se atendermos aos valores de circulação auditados e a evolução tímida das assinaturas digitais, tanto em relação aos jornais de circulação nacional como regional denota a fragidade do setor !

(https://clubedeimprensa.pt/aconteceu/a-crise-nos-media-e-os-seus-ensinamentos/ )

Note-se que o exemplo da Inapa (Indústria Nacional de Papeis, SARL) criada a  24 de Novembro de 1965 como produtora de papel de impressão, tendo sido a primeira fábrica portuguesa de papel em grande escala.

( Wikipedia)

Entretanto a Inapa acabou por cair na falência porque os seus donos não aprovaram um financiamento temporário de 12 milhões de euros, mas eis que recebeu uma proposta pela globalidade da empresa em que o oferente não só exigia 50 milhões aos acionistas como apenas garantia 50% da injeção. (Google)

Um setor a desaparecer enfim.

O ministro insistiu que o Estado não vai fazer favores.

No dia 15 de novembro de 2024, o ministro das Finanças, Joaquim Miranda Sarmento, disse que o Governo não pôs dinheiro na Inapa para evitar uma “bola de neve” igual à Efacec.

Entretanto a  Comissão de Trabalhadores da Trust in News (TiN) referiu à Lusa, a 02.01, que os trabalhadores pediram para que se agilizasse uma reunião com a Comissão de Credores para dar prioridade à venda de revistas com estes incluídos.

No plenário, convocado pelo administrador de insolvência da TiN, "os trabalhadores fizeram um pedido" a este e à CT "para que se desse prioridade para a análise de propostas de venda de revistas e que essa venda inclua os trabalhadores", explicou um dos membros do órgão.

O ideal seria que esta reunião aconteça antes da assembleia de credores, que está agendada para 29 de janeiro, referiu.

A Comissão de Credores tem como membros efetivos o Instituto da Segurança Social, Autoridade Tributária, Impresa Publishing, Novo Banco e representante dos trabalhadores. Os CTT e o BCP são membros suplentes desta comissão.

Fundada em 2017, a Trust in News é detentora de 16 órgãos de comunicação social, em papel e digital - Visão, Exame, Exame Informática, Courrier Internacional, Jornal de Letras, Visão História, Caras, Ativa, TV Mais, Visão Júnior, Telenovelas, Caras Decoração, Visão Saúde, Visão Biografia, Visão Surf, This is Portugal, e A Nossa Prima, e ainda um 'website' informativo Holofote -, está em insolvência e tem assembleia de credores marcada para 29 de janeiro.

Vivemos todos em plena crise e ma verdade nem a velha militancia salva este setor ja que, da crise em que a Cidadania vive financeiramente impedindo as assinaturas em numero suficiente, ao poder das TVs no controlo da publicidade, ao elemento ideologico nas opções publicitárias em Portugal que bloqueia a publicidade à Esquerda tudo se alia para dificultar a vida dos media