As cheganices e os apoios aos genocidios ( mandavam- nos limpar e nós limpávamos, frase de Ventura lembrando um alcoolico a necessitar de tratamento psi), lembram as sanzalas de negros eliminadas nos 13 anos de guerra), tambem entram nesta “óropeia” reflexão sobre uma data que exige sim reflexão!
Mas na guerra colonial houve claro o outro lado, o da violencia brutal sobre fazendeiros e lojistas de estrada ( cerca de 900 mortos muitos brutalmente estropiados), brancos e mulatos no norte de Angola na parte congolesa deste país que junta pelo menos as capitais de 4 reinos organizados em modelo patriarcal pré-feudal!
Mas a verdade é que houve o 4 de janeiro de 1961 na Baixa do Kassange metralhada e bombardeada a napalm ( entre 11 mortos segundo a “tropa” lusa na Revista Militar e 7000 mortos segundo historiadores franceses) e eu que estive em 1962 na Baixa do Kassange com 11 anos de idade a acompanhar o meu pai engenheiro de estradas ouvi um jovem semi enlouquecido pelo vivido a relatar-me horrorizado o que tinham feito “aos pretos” aqui, ali e acolá e mais além !
E é o vivido na Baixa do Kassange , onde havia sim uma célula do partido do congolês Kasabuvu, assim como da UPA, Uniao dos Povos de Angola, e de seguida no 4 de fevereiro de 1961, iniciativa da UPA do Monsenhor Manuel das Neves ( filho de pai português e mae negra), nao de Holden Roberto, com cerca dd mil mortos que origina o 15 de março de 1961 bem violento !
Nada justifica nenhum dos genocidios, mas os relatos acima, os maus tratos dados aos forçados contratados e a escravatura alimentam suficientemente os odios vividos!
Em 1962/3 a guerra colonial estava em Angola resolvida Viriato da Cruz afasta-se com um
triste argumento etnico e em Em julho de 1964, Savimbi rompeu com Holden Roberto, acusando-o de passividade e traição à revolução, e deixou a FNLA.
É certo que a guerra colonial se acende na Guiné Bissau em 23 de janeiro de 1963 mas depois da abrilada de 1961, de Botelho Moniz e Costa Gomes teve o regime fascista do salazarento a segunda oportunidade de pôr fim à guerra colonial negociando uma saída politica para todos vantajosa.
As lideranças militares que estiveram contra o 25 de abril foram quem voltou a dar a mão ao regime colonial fascista!
Tal ambiente de abertura à solução politica da guerra foi ao ponto de se esperar, em Luanda, que o governador Venancio Deslandes liderasse tal movimento, que teria segundo Norberto Castro e mais, o apoio do MPLA, à excecao de Viriato da Cruz ( ver carta do mesmo contra a solução neo colonial )
Em 1970 o papa Paulo VI recebe A 1 de julho de 1970, o Papa Paulo VI recebeu três dos líderes dos movimentos de libertação das então colónias portuguesas: Amílcar Cabral, do PAIGC; Agostinho Neto, do MPLA; e Marcelino dos Santos, da Frelimo, num claro sinal ao regime fascista, ja do padrinho de MRSousa, Marcelo Caetano, que a paciência do mundo face ao luso colonialismo e serôdio império tinha findado !
Nessa altura, Lisboa era a capital da contestação à guerra colonial
com os CLAC, os CLAC-Vencerão, os Comités Guerra Popular, os BAC, os RPAC, e a ARA/PCP e as BR/PRP e a LUAR/radical socialista a inundarem esta cidade de denuncias à guerra e a partir dela o resto do país ( no Porto os O Comunista de Pedro Batista ) e nas faculdades a contestação dominava a atividade estudantil!
Já nao havia ambiente cultural para manter a guerra e ainda assim o regime teimou
Na Esquerda radical apesar dos avisos de Felix Ribeiro desde 1972 o 25 de abril caiu como se um inesperado temporal tivesse acontecido e caído sobre a dezena de organizações entao existentes, que findaram em o PCPr ( albanês/brasileiro/PCdB), o PCPml e o MRPP
No PCP houve somente que realizar uns rearranjos aos aparelhos legal e clandestinos ( daí a manutenção do MDP )
No PS ainda houve que resolver a FSP e a LUAR ( e depois a UEDS ja em fim de festa novembrista e mais tarde as Maçonarias )
A igreja distribui os seus peoes pelo PS, pelo PSD/Ala Liberal do Caetanismo, inventa o CDS e infiltra aqui e ali o PCP
A igreja fascista à padre Melo de Braga, os pides e os fascios iniciaram logo o seu contrataque e perdem com a derrota da declaração de independência das colonias, derrota que se finaliza com o 28 de setembro de 1974 e a queda de Spinola
De novo a 11 de março de 1975 e de novo com Spinola, a direita fascista é derrotada no golpe militar que lança contra o MFA
E nasce o PREC processo revolucionário em curso que tem uma primeira e central derrota nas eleições para a Assembleia Constituinte!
Falemos entao das instabilidades geradas pela Direita das fascista à restsnte,
Mortos pela Pide no 25 de abril de 1974:
““José James Harteley Barneto, escriturário, de 37 anos, casado, natural de Vendas Novas; Fernando Luís Barreiros dos Reis, de 24, natural de Lisboa, soldado da 1ª Companhia Disciplinar, em Penamacor; João Guilherme Rego Arruda, de 20 anos, estudante de Filosofia, natural de S. Miguel, Açores”, eis os mortos pela Pide no 25 de abril de 1974!
Morto no 11 de marco de 1975 pelos golpistas spinolistas fascio e ultra conservadores:
Porto, funeral de Joaquim Luís, soldado do Regimento de Artilharia Ligeira (RAL 1) morto na intentona de 11 de Março.
Morte no 11 de março no meio da confusão:
As câmaras aproximam-se dele e vê-se os dois ocupantes cobertos de sangue enquanto ainda se consegue ouvir da assistência um desagradabilíssimo Estes já não fazem mal a ninguém… Essas imagens, de origem estrangeira mas referentes a um importante acontecimento passado em Portugal, permaneceram por anos desconhecidas dos portugueses, num Portugal que se orgulhava do fim da censura e da liberdade da informação…
Morte na conflitualidade radical:
A 09.10.75 “Alexandrino de Sousa, diretor do jornal "Guarda Vermelha", morre por afogamento provocado por confrontos entre militantes do Movimento Reorganizativo do Partido do Proletariado (MRPP) e da Organização para a Reconstrução do Partido Comunista (ORPC) durante uma colagem de cartazes do MRPP a convocar para o comício a realizar-se a 12 de outubro.”
A brutalidade fascista:
história do MDLP ficou marcada por violência, negócios de armas obscuros, pelas mãos de Alpoim Calvão, e assassinatos. Entre agosto e outubro de 1975, sedes de forças políticas de esquerda, principalmente do PCP, no norte de Portugal foram alvo de ataques do MDLP. A Polícia Judiciária Militar contabilizou ainda, somente na zona da Figueira de Castelo Rodrigo, 65 incêndios de origem criminosa, cuja responsabilidade foi atribuída ao ELP e MDLP.
No livro Quando Portugal Ardeu, o jornalista Miguel Carvalho escreve que “os vários ‘exércitos’ da contrarrevolução, alguns avulsos, foram responsáveis por 566 ações violentas no país entre maio de 1975 e abril de 1977, uma média de 24 atos de terrorismo por mês, quase um por dia, causando mais de 10 mortes e prejuízos incalculáveis no património de vítimas e instituições”.
“Os partidos de esquerda, como o PS, com o PCP à cabeça, foram os alvos preferenciais de quase 80% das bombas incendiárias, espancamentos, apedrejamentos e atentados a tiro”, acrescenta o autor.
Ate padres mataram os fascistas do padre Melo e cia:
A 2 de abril de 1976, o padre Maximino Barbosa de Sousa, de 32 anos, e a estudante Maria de Lurdes Correia, de 18 anos, foram assassinados num atentado à bomba em Cumieira, concelho de Vila Real. Só 23 anos depois, na sequência de um longo processo judicial, a Justiça atribuiu as responsabilidades ao MDLP, sem, no entanto, condenar nenhum dos executantes ou responsáveis.
3. 25 de novembro de 1975 :
3 militares mortos dois dos comandos e um militar da Esquerda Militar
Houve empresas assaltadas?
Houve, uma delas está na origem de um dos 3 grandes grupos económicos pos 25 de abril
Depois houve as estatizacões que se nao tivessem acontecido Portugal tinha ido ao charco
Houve prisoes ilegais?
Sem duvidas!
Poupem-nos e homenageiem os padres e os alcoolicos que quiserem mas poupem a AR destes ridiculos dislates e dos escandalosos apoios aos genocidios