Brasil e Portugal : A diferença no século XXI entre emoresariado e mercantilistas

Há sem duvida uma grande diferença na dinâmica das economias quando as mesmas têm lideranças empresariais em vez de empecilhos organizacionais e quando o Estado aposta na dinâmica do mercado interno gerando um mercado consumidor significativo!

No Brasil a Federação das Indústrias do Estado de São Paulo, a Fiesp como é conhecida, reconheceu num comunicado a dinâmica do modelo económico do governo Lula, nesta sua terceira gestão iniciada em janeiro de 2023.

Assim, reconheceu o impacto positivo no crescimento económico do país com o avanço de 1,4% do Produto Interno Bruto (PIB) no segundo trimestre de 2024 atribuído, em grande parte, ao forte dinamismo do mercado de trabalho, que tem gerado elevação dos salários e fortalecido o rendimento das famílias.

Segundo vários economistas, o desempenho deste ano deve ultrapassar os 3%, impulsionado pela ampliação da massa salarial.

O modelo económico adotado por Lula neste seu terceiro mandato segue a via dos dois primeiros períodos, marcados por uma forte expansão dos rendimentos e do crescimento do mercado consumidor.

Assim como nos governos anteriores, o aumento da massa salarial tem sido uma peça central para o crescimento da economia.

Diz a Fiesp, "um dos reflexos desse dinamismo do mercado de trabalho tem sido a elevação dos salários, com crescimento real de 5,8% do rendimento médio do trabalho em junho de 2024, na comparação com o mesmo período do ano anterior."

A nota também destaca o impacto positivo das políticas de transferência de rendimento promovidas pelo governo federal, incluindo benefícios de assistência e previdência social, o aumento real do salário mínimo e o pagamento de precatórios.

Além disso, a antecipação do 13º salário para aposentados, pensionistas e beneficiários do INSS contribuiu para potencializar o crescimento do rendimento familiar no segundo trimestre.

A Fiesp estima que a massa salarial ampliada tenha crescido cerca de 11% em termos reais no período, em relação ao ano anterior. No que diz respeito ao setor industrial, a Fiesp observou que o bom desempenho da indústria de transformação, especialmente nos segmentos de bens de capital e bens de consumo, tem sido fundamental para o crescimento

A produção de veículos pesados, como ônibus e caminhões, teve um papel expressivo no primeiro semestre de 2024, enquanto a linha branca, que inclui máquinas e eletrodomésticos, foi impulsionada pela expansão do rendimento

No entanto, a entidade alertou para os desafios estruturais enfrentados pelo setor industrial, como a deterioração da capacidade instalada, apesar de o Nível de Utilização da Capacidade Instalada (NUCI) ter atingido patamar recorde.

Desde 2015, houve uma estagnação no stock de capital, resultado de um ambiente económico internacional adverso, que impactou a capacidade de investimento.

A Fiesp também projetou uma acomodação da atividade económica na segunda metade de 2024, em função da redução dos estímulos fiscais e da manutenção da política monetária restritiva

Mesmo assim, reviu sua projeção de crescimento para a economia brasileira de 2,2% para 2,7% em 2024, e para o PIB do estado de São Paulo, de 2,4% para 2,5%.

Esse reconhecimento da Fiesp reflete o papel central da recuperação da renda no modelo econômico de Lula, que volta a gerar crescimento através do fortalecimento do consumo e da ampliação da massa salarial, repetindo o sucesso de suas gestões anteriores

Em Portugal continua a aposta no mercado externo entre a exportação de bens e serviços muito em especial com o Turismo e quanto ao mercado interno dominado pelos hipermercados que controlam os preços em seu beneficio quase nem ha mercado consumidor nem mercado produtor!

E desse ambiente nascem as IL’s falsos liberais vivendo em mentes mercantilistas de mercearias grandes…. !

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Joffre Justino