Em conferência de imprensa sobre as conclusões do relatório Inspeção-Geral das Finanças (IGF) em relação à TAP, Mariana Mortágua foi convicta a dizer que o responsável pela pasta das Infraestruturas é "o maior ativo tóxico que este Governo tem", defendendo que se tem de questionar "se Miguel Pinto Luz alguma vez deveria ter sido ministro", embora sem defender explicitamente a sua demissão
A coordenadora dos bloquistas sublinhou que "cabe agora ao primeiro-ministro decidir o que vai fazer com este ativo tóxico dentro do Governo", uma vez que este é um "ministro que esteve envolvido no passado com um negócio ruinoso para a TAP e não pode ter qualquer coisa a ver com a gestão da TAP no presente".
"Aliás, nas declarações hoje do ministro, o próprio reconhece isso. Quando se esconde atrás do primeiro-ministro e diz 'o meu futuro está nas mãos do primeiro-ministro, ele decidirá se eu tenho legitimidade ou não', é porque reconhece e porque sabe que o processo de privatização de 2015 foi tudo menos transparente, acautelado e bem-sucedido", afirmou Mariana Mortágua, referindo-se às declarações do ministro nesta manhã de terça-feira.
A coordenadora do Bloco apelou ainda a que se dê estabilidade à TAP, pondo fim ao que disse serem "negócios ruinosos para o Estado e para a TAP, que geram instabilidade e perda de milhares de milhões de fundos públicos".
"Tirem as mãos da TAP. Travem este processo em que Governo após Governo toda a gente procura fazer negociatas com a venda de uma das melhores empresas públicas do país, uma empresa que neste momento está a dar lucro, que é importante para a soberania do país e que tem que se manter em mãos públicas", pediu Mariana Mortágua.
Sem sombra de duvidas, nem se entende como depois do relatório da IGF Pinto Luz não se demitiu ele próprio!
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