26 Setembro, 2023

Estrategizando

Notícias, Reflexão e Ação.

A juventude Angolana é uma das nossas felicidades

A Polícia Nacional bloqueou no sábado, 09.09, uma manifestação pacífica, em Luanda, de protesto dada a exclusão de milhares de alunos do sistema normal do ensino em Angola.

Joffre Justino

Entretanto o secretariado nacional do Movimento dos Estudantes Angolanos, MEA, que se tem mostrado muito ativo na luta pela Democracia e pelos direitos da Juventude e dos Angolanos no todo lamenta que o protesto tivesse sido travado pela policia, que de acordo com a organização, “age como uma instituição não republicana”.
 
“No dia marcado, os membros do MEA, pais e encarregados de educação, compareceram no local a fim de exercer o seu direito constitucional, porém, isto não passou de intenção por conta das ordens superiores mais uma vez, vindas do GPL, usando a polícia como seu instrumento de repressão”.
 
Esclarece que “após uma discussão acirrada, os efectivos disseram que eles não tinham culpas muito menos o MEA, mas sim o Governo Provincial de Luanda, por não nos ter notificado”.
 
Na visão da organização que defende o interesse dos estudantes, “os angolanos precisam de uma Polícia verdadeiramente instruída e conhecedora das leis para que não seja um instrumento de opressão”, lê-se.
 
No comunicado e segundo o Club-K, este movimento liderado por Francisco Teixeira entende que “Angola é um Estado democrático e de direito no papel, porém, na prática isto não passa de um chavão”, pois para o MEA “as leis servem apenas para punir os descamisados – segmento social mais vulnerável”.
 
Ressalta que o Movimento dos Estudantes Angolanos “identifica-se como um movimento de defesa dos direitos dos estudantes do país, assim sendo, após uma fiscalização minuciosa das condições criadas para o arranque do ano lectivo 2023/24 constatou inúmeras irregularidades tais como: insuficiências de vagas em todos os ciclos de ensino”.
 
Segundo também o MEA, foram detectadas “venda de vagas, ausência de benfeitorias nas salas de aulas, casas de banho inóspitas que colocam os alunos em risco de saúde, número de crianças excessivo fora do sistema de ensino e outras anomalias”.
 
“O MEA garante a sua determinação na luta pelo direito à educação gratuita e à qualidade independentemente das barreiras políticas”, reforça.
 
O comunicado refere que o Movimento dos Estudantes Angolanos “obedecerá à constituição e às leis vigentes no nosso país e não a ordens esfarrapadas vindas de um governo provincial sem capacidade para resolver os problemas das crianças não”.
 
O comunicado termina exortando a ministra da Educação, que “nos próximos dias, fará uma visita ao seu gabinete com as mais de um milhão de crianças impedidas de estudar de Luanda”.

O Estrategizando defende como é sabido a Democracia em toda a CPLP não cedendo a interesses pouco curiais petrolíferos, diamantiferos, ou outros, que bloqueiam a Democracia na CPLP !

Nada como parabenizar esta Juventude Angolana que não cede à elite corrupta do seu país !

Joffre Justino

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