Por RODRIGUES VAZ
«Fortemente instalada na Zâmbia, tendo o apoio direto de uma população que transferiu, com o apoio da OUA, da região de Brazzaville – de 1966 a 1970 – (Cf. Iko Carreira, em O Pensamento Estratégico de Agostinho Neto) e com bases perto da fronteira, onde o armamento chegava em grande quantidade, a ameaça era real. Se o MPLA continuasse no mesmo ritmo, a situação militar em Angola tornar-se-ia muito problemática com enorme impacto em Portugal Continental e com reflexos incalculáveis nas lutas que as Forças Armadas Portuguesas travavam na Guiné e em Moçambique.»
De vários modos, esta citação, tirada do livro Angola – Vitória Militar no Leste, (Tribuna da História, 2002, Lisboa), de António Pires Nunes, tenente-coronel do Exército Português que tem dedicado os últimos anos a tentar provar uma vitória portuguesa sobre a guerrilha em Angola, é reveladora de que tal vitória não foi, aliás nunca foi, um axioma nem uma realidade, não passando de um slogan para entreter saudosistas, que ainda agora continuam a propagar utopias, como se meras hipóteses pudessem concretizar-se a partir de grandes vontades, sem atender aos condicionalismos e circunstâncias de lugar e tempo.
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