A telenovela mexicana lançada pelo partido ilegal PPP, partido dos paparazzi portugueses, descobriu agora um bom intelectual, e um péssimo político, Francisco Louçã, para alimentar este desesperado hategalamba que domina os paparazzi!
Enfim, ele sempre é conselheiro de estado e tem pois, bem, sempre teve, direito à antena papoaraziana, sobretudo quando tal dá jeito ao PPP que, como sabemos tem no BE um aliado privilegiado !
Aparentemente Francisco Louçã descobre que “percebemos que há um dado novo: que o governo escolheu fazer um confronto com o Presidente. A aliança entre os dois poderes era o bloco central … e que tinha ramificações à direita e ao centro esquerda”, uma descoberta falaciosa tal como é colocada como veremos.
Não é que F. Louçã tenha fraca memória, que não tem, mas naquele tique estalinista que qualquer trotskista tem, nada como apagar da História que durante 4 anos (belos 4 anos), houve não um bloco central PS/PR, mas sim um maravilhoso tempo de uma saudável Geringonça, havendo quase um governo das Esquerdas e nunca um governo à bloco central !
E se não houve um governo das Esquerdas no mínimo como vemos na Alemanha e nas Espanhas, apesar dos seus graves erros face à guerra eslava, é porque PS, PCP e BE continuam amarrados ao triste passado que a todos embrulha num erro histórico – a ideia de ter havido um pouco mais que saudáveis movimentações sociais e políticas democráticas e que o PREC foi um tempo em si com um fim obrigatório por insustentabilidade social
Estaline tinha esse mau hábito de anular adversários até das fotografias oficiais depois de anulados, só que na altura não havia esta coisa das redes sociais para ativar memórias e o BE esteve presente sim nessa limitada mas real unidade das Esquerdas, pelo que falar em um bloco central é um negacionismo histórico inaceitável !
Curiosamente hoje o bloco que está a surgir é um estapafúrdio bloco que une PSD/IL/BE e até com os cheganos bem coladinhos, com um único elemento de unidade – o hategalamba bem visível nos olhares de ódio do bloquista de serviço na CPI da TAP, que deixou de ser da TAP e passou a ser do computador, para depois ser do SIS e agora da zanga Costa / MRSousa, tudo ao gosto do PPP, o ilegal partido dos paparazzi portugueses !
Este atual BE só existe porque nas Esquerdas temos um PS que se colou a um balofo catolicismo de esquerda tipo caritativismo ideológico, e portanto cedendo a um centro direita onde nunca colherá votos, porque há realmente em Portugal um bloco social de direita que sustentou o salazarentismo fascistoide mesmo detestando-o, que sustentou 13 anos da mais estúpida das guerras coloniais ,e que ainda hoje lhe canta loas, e que do capitalismo tem a noção do Estado a servir um patronato ainda analfabetizado autoritário e na melhor das hipóteses paternalista entre o esmoler e o caritativismo!
E claro porque o PCP teima em se manter fechado na sua concha histórica …
Das Esquerdas temos bem outra visão concreta – a divisão é o seu mote, o sectarismo a razão dos seus sonhos e a unidade o acaso pontual e pouco duradouro, como se viveu entre o MUD e a geringonça passando pelo 25 de novembro golpe de estado anti esquerdista que felizmente morreu antes de ser fascistoide!
Hoje não há um Mário Soares para unir as Esquerdas e, como é sabido, nem ele realmente as uniu, a não ser pontualmente e para o voto, apesar de nos seus últimos anos se ter aproximado bastante dessa possibilidade, e portanto a tese de Francisco Louçã de que Santos Silva “ não tem a capacidade de juntar o conjunto do povo de esquerda “, vindo ainda por cima de um líder do BE, que preferiu amarrar-se a uma candidata perdedora, a apoiar Ana Gomes, é mesmo uma não tese, um estrito argumento para fazer ressurgir uma candidatura BE ( ele próprio?)!
Na realidade, goste ou não Francisco Louçã, as Esquerdas, se quiserem ganhar as presidenciais, têm somente 4 possibilidades de candidatura – António Costa, Santos Silva, Ana Gomes ou João Soares – sendo todas as restantes hipóteses soluções marginais, quase certamente não ganhadoras, e feitas quase que para sustentar eleitorados sectarizados !
O primeiro, porque é a personalidade mais conhecida à Esquerda e porque foi o líder da Geringonça, o segundo porque se situa no centro típico do eleitorado socialista e da esquerda do PSD, a terceira porque gerou nas presidenciais anteriores um eleitorado próprio, e o quarto porque representa um certo modo de estar Republicano distendido e tolerante
Ninguém à Esquerda unirá as Esquerdas, divididas como estão, se as frágeis lideranças que elas têm não se entenderem urgentemente, e se não se deixarem de inúteis alianças à direita que lamentavelmente PS e BE parece preferirem!
Joffre Justino
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