E hoje, 18.09, houve o Gabriel o Pensador no Vale do Silêncio, Olivais Sul,
Um grande espaço e um espaço em grande , em Lisboa, bom para passear, fazer exercício e até como se vê para ouvir Gabriel o Pensador, ou, como tenho feito, acompanhar os grupos Bahai a fazer as crianças e jovens a conviver entre si com desenhos e conversas significantes.
Doente, não pude ir, mas o filho da Rita e a sua namorada foram, o (também) Gabriel Silva e Carolina Miguel que viram o espetáculo do Gabriel O Pensador num excelente programa da Junta de Freguesia dos Olivais!
Gabriel O Pensador, 4 de março ( a minha data) de 1974, nasceu no Rio de Janeiro , o primeiro a difundir o rap em português e ao longo de sua carreira lançou milhões de cópias, vendidas, com músicas inteligentes e e uma credibilidade crescente em diversas gerações e camadas sociais.
joffre justino
Gabriel escreveu também cinco livros e uma peça de teatro com “Um Garoto Chamado Rorbeto”, que fez Gabriel ganhar o prêmio Jabuti de melhor livro infantil.
Vale contar que Gabriel, o Pensador, repetiu a piada de Christinne Rock a Jada Pinkett Smith esposa de Will Smith durante os Oscares de 2022 que sofre de alopecia pois nas redes sociais o cantor revelou ter a mesma doença.
“Alopecia é causada por estresse e provoca mais estresse ainda. Jade Smith perdeu o cabelo, Will Smith perdeu a cabeça, e eu perdi o bigode. Na época não falei publicamente, mas foi o motivo pelo qual eu tive que ser chamado de Abraham Lincoln, Rolo da ‘Turma da Mônica’ e de personagem do filme ‘Planeta dos Macacos'”, iniciou o artista.
“Temos que lutar contra o estresse sempre na vida, pois o mal que ele nos faz é bem maior e mais grave do que os sintomas que podem ser vistos na nossa aparência. Por isso que o índio acendeu um da paz para relaxar, mas quando foi dar um tapinha, levou um tapão violento, tipo o Chris Rock no Oscar”, citando-se num poema de uma canção sua.
Frases de Gabriel o Pensador,
Nem todos que sonharam conseguiram, mas pra conseguir é preciso sonhar.
Seja você mesmo, mas não seja sempre o mesmo
Na mudança do presente, a gente molda o futuro.
E, claro o poema do velho índio!
A criminalidade toma conta da cidade
A sociedade põe a culpa nas autoridades
Um cacique oficial viajou pro Pantanal
Porque aqui a violência tá demais
E lá encontrou um velho índio que usava um fio dental
E fumava um cachimbo da paz
O presidente deu um tapa no cachimbo
E na hora de voltar pra capital, ficou com preguiça
Trocou seu paletó pelo fio dental
E nomeou o velho índio pra ministro da justiça
E o novo ministro, chegando na cidade
Achou aquela tribo violenta demais
Viu que todo cara-pálida vivia atrás das grades
E chamou a Tv e os jornais
E disse: Índio chegou trazendo novidade
Índio trouxe o cachimbo da paz
Maresia, sente a maresia
Maresia, uh… (2x)
Apaga a fumaça do revólver, da pistola
Manda a fumaça do cachimbo pra cachola
Acende, puxa, prende, passa
Índio quer cachimbo, índio quer fazer fumaça
Todo mundo experimenta o cachimbo da floresta
Dizem que é do bom
Dizem que não presta
Querem proibir, querem liberar
E a polêmica chegou até o congresso
Tudo isso deve ser pra evitar a concorrência
Porque não é Hollywood mas é o sucesso
O cachimbo da paz deixou o povo mais tranquilo
Mas o fumo acabou porque só tinha oitenta quilos
E o povo aplaudiu quando o índio partiu pra selva
E prometeu voltar com uma tonelada
Só que quando ele voltou, sujou!
A polícia federal preparou uma cilada
“O cachimbo da paz foi proibido,
entra na caçamba, vagabundo!
Vamô pra Dp! Êêê! Índio tá fudido
porque lá o pau vai comer!”
Maresia, sente a maresia
Maresia, uh… (2x)
Apaga a fumaça do revólver, da pistola
Manda a fumaça do cachimbo pra cachola
Acende, puxa, prende, passa
Índio quer cachimbo, índio quer fazer fumaça
Na delegacia só tinha viciado e delinquente
Cada um com um vício e um caso diferente
Um cachaceiro esfaqueou o dono do bar porque ele
Não vendia pinga fiado
E um senhor bebeu uísque demais, acordou com um travestí
E assassinou o coitado
Um viciado no jogo apostou a mulher, perdeu a aposta
E ela foi sequestrada
Era tanta ocorrência, tanta violência que o índio
Não tava entendendo nada
Ele viu que o delegado fumava um charuto fedorento
E acendeu um “da paz” pra relaxar
Mas quando foi dar um tapinha
Levou um tapão violento e um chute naquele lugar
Foi mandado pro presídio e no caminho assistiu um
Acidente provocado por excesso de cerveja:
Uma jovem que bebeu demais atropelou
Um padre e os noivos na porta da igreja
E pro índio nada mais faz sentido
Com tantas drogas porque só o seu cachimbo é proibido?
Maresia, sente a maresia
Maresia, uh… (2x)
Apaga a fumaça do revólver, da pistola
Manda a fumaça do cachimbo pra cachola
Acende, puxa, prende, passa
Índio quer cachimbo, índio quer fazer fumaça
Na penitenciária o “índio fora da lei”
Conheceu os criminosos de verdade
Entrando, saindo e voltando cada vez mais
Perigosos pra sociedade, aí, cumpádi, tá rolando
Um sorteio na prisão pra reduzir a superlotação
Todo mês alguns presos têm que ser executados
E o índio dessa vez foi um dos sorteados
E tentou acalmar os outros presos:
“Peraí…, vamô
Fumar um cachimbinho da paz!”
Eles começaram a rir e espancaram o velho índio
Até não poder mais
E antes de morrer ele pensou:
“Essa tribo é atrasada demais…
Eles querem acabar com a violência,
mas a paz é contra a lei e a lei é contra a paz.”
E o cachimbo do índio continua proibido,
Mas se você quer comprar é mais fácil que pão
Hoje em dia ele é vendido pelos mesmos bandidos que mataram
O velho índio na prisão
Maresia, sente a maresia
Maresia, uh… (2x)
Apaga a fumaça do revólver, da pistola
Manda a fumaça do cachimbo pra cachola
Acende, puxa, prende, passa
Índio quer cachimbo, índio quer fazer fumaça
Maresia, sente a maresia
Maresia, uh… (2x)
Apaga a fumaça do revólver, da pistola
(Maresia, sente a maresia, maresia, uh…)
Índio quer cachimbo, índio quer fazer fumaça
Apaga a fumaça do revólver, da pistola
(Maresia, sente a maresia, maresia, uh…)
Acende, puxa, prende, passa, uuu… Apaga a fumaça do revólver, da pistola
Joffre Justino
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