28 Maio, 2023

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Gabriel o Pensador no Vale do Silêncio, em Olivais Sul 

E hoje, 18.09, houve  o Gabriel o Pensador no Vale do Silêncio, Olivais Sul, 

Um grande espaço e um espaço em grande , em Lisboa,  bom para passear, fazer exercício e até como se vê para ouvir Gabriel o Pensador, ou, como tenho feito, acompanhar os grupos Bahai a fazer as crianças e jovens a conviver entre si com desenhos e conversas significantes.

Doente, não pude ir, mas o filho da Rita e a sua namorada foram, o (também) Gabriel Silva e Carolina Miguel que viram o espetáculo do Gabriel O Pensador num excelente programa da Junta de Freguesia dos Olivais! 

Gabriel O Pensador,  4 de março ( a minha data) de 1974, nasceu no Rio de Janeiro , o primeiro a difundir o rap em português e ao longo de sua carreira lançou milhões de cópias,  vendidas, com músicas inteligentes e e uma  credibilidade crescente  em diversas gerações e camadas sociais.

joffre justino

Gabriel escreveu também cinco livros e uma peça de teatro com “Um Garoto Chamado Rorbeto”, que fez  Gabriel ganhar o prêmio Jabuti de melhor livro infantil.

Vale contar que Gabriel, o Pensador, repetiu a piada de Christinne Rock a Jada Pinkett Smith esposa de Will Smith durante os Oscares de 2022 que sofre de alopecia pois nas  redes sociais o cantor revelou ter a mesma doença.

“Alopecia é causada por estresse e provoca mais estresse ainda. Jade Smith  perdeu o cabelo, Will Smith perdeu a cabeça, e eu perdi o bigode. Na época não falei publicamente, mas foi o motivo pelo qual eu tive que ser chamado de Abraham Lincoln, Rolo da ‘Turma da Mônica’ e de personagem do filme ‘Planeta dos Macacos'”, iniciou o artista.

“Temos que lutar contra o estresse sempre na vida, pois o mal que ele nos faz é bem maior e mais grave do que os sintomas que podem ser vistos na nossa aparência. Por isso que o índio acendeu um da paz para relaxar, mas quando foi dar um tapinha, levou um tapão violento, tipo o Chris Rock no Oscar”, citando-se num poema de uma canção sua.

Frases de Gabriel o Pensador, 

Nem todos que sonharam conseguiram, mas pra conseguir é preciso sonhar.

Seja você mesmo, mas não seja sempre o mesmo

Na mudança do presente, a gente molda o futuro.

E, claro o poema do velho índio! 

A criminalidade toma conta da cidade

A sociedade põe a culpa nas autoridades

Um cacique oficial viajou pro Pantanal

Porque aqui a violência tá demais

E lá encontrou um velho índio que usava um fio dental

E fumava um cachimbo da paz

O presidente deu um tapa no cachimbo

E na hora de voltar pra capital, ficou com preguiça

Trocou seu paletó pelo fio dental

E nomeou o velho índio pra ministro da justiça

E o novo ministro, chegando na cidade

Achou aquela tribo violenta demais

Viu que todo cara-pálida vivia atrás das grades

E chamou a Tv e os jornais

E disse: Índio chegou trazendo novidade

Índio trouxe o cachimbo da paz

Maresia, sente a maresia

Maresia, uh… (2x)

Apaga a fumaça do revólver, da pistola

Manda a fumaça do cachimbo pra cachola

Acende, puxa, prende, passa

Índio quer cachimbo, índio quer fazer fumaça

Todo mundo experimenta o cachimbo da floresta

Dizem que é do bom

Dizem que não presta

Querem proibir, querem liberar

E a polêmica chegou até o congresso

Tudo isso deve ser pra evitar a concorrência

Porque não é Hollywood mas é o sucesso

O cachimbo da paz deixou o povo mais tranquilo

Mas o fumo acabou porque só tinha oitenta quilos

E o povo aplaudiu quando o índio partiu pra selva

E prometeu voltar com uma tonelada

Só que quando ele voltou, sujou!

A polícia federal preparou uma cilada

“O cachimbo da paz foi proibido,

entra na caçamba, vagabundo!

Vamô pra Dp! Êêê! Índio tá fudido

porque lá o pau vai comer!”

Maresia, sente a maresia

Maresia, uh… (2x)

Apaga a fumaça do revólver, da pistola

Manda a fumaça do cachimbo pra cachola

Acende, puxa, prende, passa

Índio quer cachimbo, índio quer fazer fumaça

Na delegacia só tinha viciado e delinquente

Cada um com um vício e um caso diferente

Um cachaceiro esfaqueou o dono do bar porque ele

Não vendia pinga fiado

E um senhor bebeu uísque demais, acordou com um travestí

E assassinou o coitado

Um viciado no jogo apostou a mulher, perdeu a aposta

E ela foi sequestrada

Era tanta ocorrência, tanta violência que o índio

Não tava entendendo nada

Ele viu que o delegado fumava um charuto fedorento

E acendeu um “da paz” pra relaxar

Mas quando foi dar um tapinha

Levou um tapão violento e um chute naquele lugar

Foi mandado pro presídio e no caminho assistiu um

Acidente provocado por excesso de cerveja:

Uma jovem que bebeu demais atropelou

Um padre e os noivos na porta da igreja

E pro índio nada mais faz sentido

Com tantas drogas porque só o seu cachimbo é proibido?

Maresia, sente a maresia

Maresia, uh… (2x)

Apaga a fumaça do revólver, da pistola

Manda a fumaça do cachimbo pra cachola

Acende, puxa, prende, passa

Índio quer cachimbo, índio quer fazer fumaça

Na penitenciária o “índio fora da lei”

Conheceu os criminosos de verdade

Entrando, saindo e voltando cada vez mais

Perigosos pra sociedade, aí, cumpádi, tá rolando

Um sorteio na prisão pra reduzir a superlotação

Todo mês alguns presos têm que ser executados

E o índio dessa vez foi um dos sorteados

E tentou acalmar os outros presos:

“Peraí…, vamô

Fumar um cachimbinho da paz!”

Eles começaram a rir e espancaram o velho índio

Até não poder mais

E antes de morrer ele pensou:

“Essa tribo é atrasada demais…

Eles querem acabar com a violência,

mas a paz é contra a lei e a lei é contra a paz.”

E o cachimbo do índio continua proibido,

Mas se você quer comprar é mais fácil que pão

Hoje em dia ele é vendido pelos mesmos bandidos que mataram

O velho índio na prisão

Maresia, sente a maresia

Maresia, uh… (2x)

Apaga a fumaça do revólver, da pistola

Manda a fumaça do cachimbo pra cachola

Acende, puxa, prende, passa

Índio quer cachimbo, índio quer fazer fumaça

Maresia, sente a maresia

Maresia, uh… (2x)

Apaga a fumaça do revólver, da pistola

(Maresia, sente a maresia, maresia, uh…)

Índio quer cachimbo, índio quer fazer fumaça

Apaga a fumaça do revólver, da pistola

(Maresia, sente a maresia, maresia, uh…)

Acende, puxa, prende, passa, uuu… Apaga a fumaça do revólver, da pistola

Joffre Justino