“O vice-presidente da CUT, Vagner Freitas, participou do programa Giro das Onze, da TV 247. O dirigente sindical afirmou que a CUT, as demais centrais sindicais, movimentos populares e partidos políticos definiram o 11 de agosto como um dia de mobilização nacional contra os ataques à ordem democrática no Brasil cometidos por Jair Bolsonaro e seus apoiadores.”
( In,247)
Escrevi esta notícia a partir de uma notícia, na UOL, da jornalista Daniela Pinheiro que, sem se apresentar como jornalista, esteve numa Festa, organizada pelo Núcleo do PT em Lisboa, numa organização escolar e cultural, a Voz do Operário, que aceitou solidariamente que esta Festa Brasileira lá se realizasse, e tal clandestinite não foi por acaso, como verão, e por isso começo este texto com a citação acima!
A jornalista, aliás, começa por errar, por 3 anos, nas datas que aponta no seu texto para a UOL, sobre a idade da Voz do Operário, pois o local da Festa do PT tem, ou 137 anos ou 143 anos, conforme segundo o site da prestigiada instituição se aceite a sua criação com a criação do Jornal A Voz do Operário ou a data da criação da instituição em causa e não os mal contados 140 anos!
Esquece-se ainda de dizer que a Voz do Operário sobreviveu ao fim da monarquia em Portugal, ao fim da I República, e ao fim do Fascismo a 25.04.1974, fazendo dela uma histórica instituição e uma das mais antigas instituições no Ensino, em Portugal
No decorrer desse tempo, foi liderada por anarquistas, por republicanos, por comunistas e até com socialistas, em coligação com comunistas, e, durante todo esse tempo até hoje cumpriu o seu objetivo de educar os filhos dos trabalhadores em Portugal, portugueses e imigrantes residentes, sendo que os métodos alternativos que a senhora dita jornalista ( não lhe negamos os pergaminhos, mas sim o seu mau uso) cita, erradamente, mostra que assumiu, neste seu texto, demasiada xenofobia anti trabalhadores e anti brasileiros, o que, para brasileira, envergonha a sério o seu país, e o que me ofende, pois falante em Português, assumo como minha Mátria a Língua Portuguesa, o que inclui obrigatoriamente o Brasil e o seu Povo!
Mas, explicando melhor, o Movimento da Escola Moderna, nascido na Catalunha, de origem anarquista, que a Voz do Operário adotou, impôs-se no panorama do ensino nacional, num método que alia à aprendizagem das competências e saberes, a formação para a cidadania ativa, democrática e solidária, algo vai bem além da Grândola Vila Morena mas que a inseriu com orgulho nas aprendizagens musicais pelo que esta canção representa de Democracia, política, económica, social e cultural!
Conheço pouco, sei-o, do Brasil, mas gostei das almoçaradas, a que assisti, dos emigrantes portugueses que no Brasil labutam, de sol a sol, e sei o que é ser emigrante , por experiência familiar e propria. Assim, aprendi a amar aqueles que labutam no estrangeiro, porque o seu país não tem, para os seus, o que parece que a dita senhora jornalista não sabe o que é.
Em Portugal, hoje, temos algo entre 200 a 300 mil imigrantes brasileiros , ou oficialmente algo como • 2022: 211.958; 2021: 209.558; 2020: 183.993; 2019: 151.304; 2018: 105.423; 2017: 85.425; 2016:81252, o que. para um país como o Brasil, representa perto de 0,1% da população deste país
Mas, ao contrário desta dita senhora jornalista, faço destes imigrantes falantes em português, a imagem que me vem das 3/5, vai variando, senhoras, e um cavalheiro, que labutam nos dois cafés onde me sento, ora num, ora noutro, para passar as manhãs escrevinhando, ou a ler, isto é. acompanhando também uma imagem de significativa qualidade profissional!
Reformado que estou, vou alimentando um quinzenário online, o EstrateGizando, www.estrategizando.pt, um Jornal Independente, das Esquerdas, feito para a CPLP, e por isso anti bolsonarista, anti racista, anti xenófobo, no qual já entrevistei Angolanos, Brasileiros, cabo-verdianos, guineenses, Moçambicanos, São Tomenses e escrevi bastante sobre Timor Leste, pelo que acompanho razoavelmente esta luso falante diáspora!
Nada tenho contra os ricos e demais elite da CPLP, mas, como cristão, lembro-me sempre que é mais fácil um camelo passar pelo buraco de uma agulha, que um rico chegar ao reino dos Céus ( Jesus Cristo dixit), pelo que recordo aqui também o casal brasileiro que é voluntário na sede dos Bahai, onde me sento com a Rita, a minha esposa brasileira, entre, assim de cór, pessoas de mais de 9 nacionalidades, e que frequento com Amor dando e Amor recebendo, crente que sou a Deus, descrente que sou de padres, pastores e quejandos, e de igrejas onde “menina não entra” ( para o poder), e sim, em miúdo li muito o Bolinha e a Luluzinha, no delicioso brasileiro das revistas de quadradinhos, como assim então a elas nos referíamos ! É pois na infância que aprendi a amar o Brasil!
E sim, acompanho o PT, partido que tem o meu apoio, por Lula e Dilma, e nele e com ele convivo, entre manifes, reuniões e sim boas e divertidas jantaradas, com mais de uma centena de brasileiros!
E a eles agradeço o lazer que desfruto, enquanto eles trabalham, pelo que aprendi a olhar para estas e estes brasileiros como as Pessoas que, em Portugal, são essenciais em múltiplas atividades, desde as lecionação nas lusas universidades, à militância social com mulheres marginalizadas, ao voluntariado religioso, à Saúde, ao labor em atividades turísticas, onde se mostram essenciais para que o Turismo seja uma realidade económica neste país, dizendo melhor, seja o petróleo português !
Precisamente também, porque falam Português!
Sim, na economia portuguesa as e os Brasileiros são elementos centrais, para a sua sustentabilidade, senhora dita jornalista Daniela Pinheiro!
Das atividades na estética, à hotelaria e restauração, mas também na consultoria, nas novas tecnologias, ou no Ensino, encontro, numa atividade de Qualidade no Serviço, sempre, brasileiras e brasileiros!
E sim, lamentávelmente, na sua imensa maioria, a auferirem baixos salários, que ainda assim poupam, para as suas mães, os seus pais, os seus filhos e restante família, no Brasil, e por isso, sim dita jornalista Daniela Pinheiro, andam de chinelas e assim vêm, quando podem vir, da praia para a atividade militante, se ao fim de semana, porque moram bem longe da Lisboa histórica, onde, no entanto, tantas e tantos labutam, permitindo sim que o Turismo cresça em Portugal, repito-o, do qual ao que parece a senhora, dita jornalista usufrui, parcelarmente, pois aproveita o tempo para escrever dizendo mal dos seus compatriotas!
Mas há mais razões para o seu falhanço total neste seu xenófobo texto – o Povo Brasileiro é um Povo, alegre, que comunica e convive com facilidade, que sorri sem problemas à primeira oportunidade, que veste descontraído, usa ter-shirts e chinelas, gosta de beber uma boa caipirinha ( o primeiro milagre de Jesus Cristo não foi a transformação da água em vinho, para manter alegre uma Festa?), e comer uma coxinha saborosa, como adora dançar!
E como Dança! Como mostra a sua mestiçagem com a minha África, também lusofona, assim, dançando!
E não fossem estas e estes brasileiros, com a sua presença alegre, não existiriam Pessoas suficientes e capacitadas para os postos de trabalho a ocupar em Portugal, que ficariam vazios se não fossem eles, dando a esses postos de trabalho a alegria que o trabalhador português mal dá!
Na verdade, as e os brasileiros são cerca de 5% da população ativa em Portugal. e estão cá porque cá auferem, apesar de tudo, melhores salários dos que a economia bolsonarista permite no seu país, o Brasil, pelo que, sra dita jornalista, o que deveria ter escrito sobre estas estes Brasileiros que encontrou na Voz do Operario, era o como se orgulhava deles e da forma brilhante que representam o Brasil em Portugal!
Pois é, parece sra dita jornalista Daniela Pinheiro que não conhece o seu país, parece aliás que não ama o seu país, pois não consegue, sequer, ver como as e os brasileiros, fora do Brasil, se mostram essenciais para criar uma economia sustentável e, por muitos mestrados que tenha, parece que ainda não entende que não há Organizações sem Pessoas, nem Economia sem Pessoas!
Sim, por cá também há bolsonaristas, também há brasileiras e brasileiros ricos, comprando boas vivendas e fugindo de um Brasil inseguro, porque a economia sem Lula e sem Dilma retrocedeu e quase falhou.
E, do jornal nacional brasileiro G1, aprendi que são quase 63 milhões de pessoas no Brasil que, no ano passado, viviam em domicílios onde a renda por pessoa não ultrapassava R$ 497 por mês, e são 33 milhões de brasileiros os que vivem com menos de R$ 289 por mês, passando pois, fome!
Por isso estão cá e cá são, deveriam ser, razão de orgulho pelo trabalho que desenvolvem, pela riqueza que criam, e pelo sofrimento que sofrem, não poucas vezes porque estão, até pelo Estado Brasileiro, abandonados!
Joffre Justino
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