Este pobre país que é a Moldávia, em crise quase permanente, e sem orçamento para adquirir vacinas, só espera receber as primeiras doses no fim de fevereiro em um calendário ainda incerto devido a atrasos burocráticos.
Há 53.300 profissionais de saúde na Moldávia 2050 por 100 mil ( curiosamente em
Portugal e por causa dos numeros clausus da ordem dos médicos temos 1047 por 100 mil) e temos 57 mil já vacinados enquanto que nenhum foi ainda inoculado na Moldavia.
Segundo o Guardian regista o país moldavo até ao momento, 158.309 casos confirmados de infeção pelo coronavírus e mais de 3.413 mortes e atenção que apenas são testadas entre mil e três mil pessoas por dia e entre maio e dezembro de 2020, a mortalidade geral na Moldávia aumentou 25% quando comparada com o período homólogo de 2019.
Mas a Ucrânia, a Geórgia e a Arménia ex-países soviéticos e hoje bons aliados da Alemanha estão em situação semelhante, considerado uma “falha moral catastrófica”, nas palavras do Diretor-Geral da Organização Mundial da Saúde, Tedros Adhanom Ghebreyesus.
Para adquirir vacinas, estes países dependem inteiramente do programa de Parceria Oriental da União Europeia e do programa Covax, uma iniciativa global de financiamento dos países mais pobres para tornar equitativo o acesso à vacina contra a Covid-19.
A Europa a sua toda vai mal e a UE também não vai lá muito melhor pois a Comissão Europeia insiste no pedido de cumprimento contratual pela Astrazeneca a farmacêutica anglo-sueca, que desenvolveu uma vacina contra a covid-19 em parceria com a Universidade de Oxford, se lá aceiou a divulgação do contrato assinado entre as partes em agosto do ano passado apresenta uma boa parte do texto rasurado impedindo saber, o calendário de entregas por mês com que a Astrazeneca se comprometeu, por exemplo.
Razão provável? A Astrazeneca concordou, nesta primeira fase, vender a sua vacina praticamente a preço de custo, “sem lucros nem perdas” e claro lá se vão as doses e o calendário de entrega.
Ah este sarilho provocada por esta crença na boa fé das ditas “empresas ocidentais” pondo de lado a vacina russa e a chinesa! … E este vicio na concentração da riqueza…