Os Especialistas da OMS chegaram a Wuhan, província de Hubei, na China central, para trabalharem com a equipe chinesa e tentar descobrir respostas científicas para a origem do coronavírus, disse Michael Ryan, diretor executivo do Programa de Emergências de Saúde da OMS, numa conferência de imprensa realizada na sexta-feira, 15.
“Agradecemos aos nossos colegas na China por trabalharem conosco para alcançar isso. Essas coisas não são fáceis de conseguir … não há garantia de respostas. Vemos o mesmo em emergências epidêmicas anteriores. É uma tarefa difícil estabelecer totalmente as origens”, disse Ryan, afirmando que às vezes, são necessárias várias tentativas, segundo o Global Times.
Esta equipe de especialistas da OMS chegou a Wuhan na quinta-feira e entrou em quarentena, confirmou o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Zhao Lijian, em entrevista coletiva na sexta-feira.
De acordo com Ryan, o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, debateu a investigação sobre a origem do vírus já em fevereiro de 2020, durante sua visita à China e uma equipe de especialistas da OMS também visitou a China em julho de 2020 para definir as tarefas da missão de investigação.
Maria Van Kerkhove, líder técnica da OMS sobre a covid-19, disse na mesma conferência de imprensa na sexta-feira que o mundo pode nunca encontrar o “paciente zero”, que geralmente era usado para indicar o caso inicial.
Yang Zhanqiu, um virologista da Universidade de Wuhan, concordou com Kerkhove, mas observou que, a investigação epidemiológica dos primeiros dez casos ainda poderia ajudar a descobrir como o vírus foi transmitido e até mesmo de onde veio.
Por exemplo, a investigação epidemiológica pode mostrar se essas pessoas viajaram para o exterior.
Nesse caso, é possível que se tenham infectado durante a viagem ao exterior e uma investigação sobre o destino de suas viagens deve ser realizada, explicou Yang.