26 Setembro, 2023

Estrategizando

Notícias, Reflexão e Ação.

Está pequena em visitantes a Feira do Livro de 2020 ainda que bem mais colorida hoje que na versão original oficial, em 1930 mas nao muito diferente da cor Lisboeta de 1906 ano em que terá arrancado ( ou em 1904 dizem outros..) mas está pequena face a 2019 pois a pandemia afasta as pessoas de grandes aglomerados porque o covid-19 é o diabo! 

Em 1906 tivemos  12 dias de livros e cultura em 17 pavilhões vinda a ideia de Madrid, e já se falava muito da Republica pois se em 1900 são eleitos 3 deputados, todos pelo Porto, com Afonso Costa na frente já em 1906 são eleitos 4 deputados (Afonso Costa de novo , António José de Almeida e Alexandre Braga). 

No ano de 1906 ainda não existia rotunda nem Marquês de Pombal e ali havia uma feira que, entre outras coisas, tinha um mercado dedicado aos livros. 

Mas quando rearranca a Feira do Livro em 1930, o conflito republicanos conservadores e ultra e os fascio de entao estavs no auge com Salazar a ser uma esoécie de salvador nas ainda nao o dito e era ministro das Finanças a viver-se o impacto do crash da bolsa Nova Iorque de 29 mundo fora. 

E em Lisboa com a Associação de Classe de Livreiros, hoje a Associação Portuguesa de Editores e Livreiros, APEL, decidira organizar um evento com os livros no centro realizado na Praça do Rossio o centro da capital com os stands de livros à volta  da fonte em frente ao Teatro Nacional D. Maria II e o hoje quase moribundo Diário de Notícias a acentuar em 1932, a inauguração com «grande sucesso» da 2.ª edição do certame, já com o salazarento a dominar totalitariamente o império… e a relevar já “os clássicos” como  «as preciosas edições de Os Lusíadas e obras de autores consagrados como Camilo, Eça, António Nobre e tantos outros» e atenção havia “Brindes valiosos que chegam a atingir 3 contos em livros, nas barracas 22 e 23».

Saltitou a Feira do Livro e em 1940, estava na Avenida da Liberdade aos Restauradores para em 1957, voltar ao Rossio em 1980, a ficar no Parque Eduardo VII, onde estabilizou até hoje havendo uma única exceção, em 1996, quando aconteceu entre a Rua Augusta e o Terreiro do Paço apesar da má fama da frequência do referido Parque onde anos 80 ainda se passeava um travesti famoso que se autoapelidava de Catherine Deneuve e que anos depois se passeava muito na “feira das vaidades” da política ( e em outras feiras…) 

Outros tempos …

Hoje 2020, 27 de agosto dá-se a 90.a Feira do Livro, com na inauguração claro e bem o presidente da Câmara Municipal de Lisboa (CML), Fernando Medina, e a vereadora da Cultura da CML, Catarina Vaz Pinto.

O Covid-19 impôs o adiamento do evento para o final deste mês de agosto, mas esta 90.a será a segunda maior Feira do Livro de Lisboa, com 310 pavilhões, 638 marcas editoriais e 117 participantes estando implementadas medidas de segurança que vimos acontecerem como o uso obrigatório de máscara no recinto, n pontos de distribuição de gel dentro e fora dos pavilhões prevendo-se uma lotação máxima de 3.300 visitantes, …

Dia talvez que na hora da inauguração e até às 20h nao se passeavam entre os stands mais de 1500 visitantes relevando o temor face ao Covid e os espaços para descansar e folhear livros comprados quase vazios … também com uma inauguração à “feira das vaidades” não era de esperar mais e estranha-se que a APEL esteja tão reverente e com os media estejam tão alinhados quase que “à coreia do norte” ( excedemo-nos um pouco mas para feira de cultura …até os churros coincidiam com o ambiente!)