A doçaria de Sintra vai entrar “sem pressa” e “fiel às origens”, com as queijadas e outros doces a apresentarem-se, na segunda-feira, em Macau, para criar raízes antes da expansão onde o pastel de nata se tornou há 30 anos um sucesso generalizado.
Já os doces de Sintra vão “manter-se fiéis à receita original”, disse à Lusa Francisco D’Almeida, responsável pela primeira “apresentação formal” destes doces na Ásia.
“Como é que um produtor anglo-saxónico reinventa o pastel de nata aqui, em Macau, e nós, os portugueses, não o defendemos? A ideia foi um bocado essa, foi essa a ética”, afirmou o empresário, que abre na segunda-feira o primeiro espaço dedicado à doçaria de Sintra no território, colmatando assim o desaire luso do pastel de nata que aliás vimos in locco.
Francisco referia-se a Andrew Stow, farmacêutico industrial que em 1989 reinventou o pastel de nata e transformou o “pu shi dan ta”, ou “tarte de ovo de estilo português”, num emblema do território chinês e que vimos em Macau.
Porquê Macau? À “longa história e influência portuguesas” juntam-se as próprias características ‘anatómicas’ do território.
“A queijada é um produto que chega a todo o lado, que se pode guardar, gosta de humidade, de calor, de suar, como qualquer queijo. Por isso, Macau”, explicou Francisco, apontando que as “receitas conventuais também mudam no verão e no inverno”.
Nardia M.