São 425 medidas em 59 países de fora da União Europeia, EU, as que foram identificadas, em 2018, como barreiras à exportação de empresas europeias, sendo um “máximo histórico” gerando custos de milhares de milhões de euros segundo o mais recente Relatório sobre as Barreiras ao Comércio e ao Investimento, um documento da Comissão Europeia divulgado, anualmente, que identifica obstáculos ao comércio e ao investimento nos mercados estrangeiros comunicados pelas empresas europeias.
E em 2018, surgiram 45 novos entraves ao comércio fora da UE, “elevando o número total para um máximo histórico de 425 medidas em 59 países diferentes, com um custo anual para as empresas da UE de milhares de milhões de euros”, como dissemos acima citando a Lusa.
Claro que no top ten da lista de países com maiores restrições à atividade de empresas europeias estão a China e a Rússia com, respetivamente, 37 e 34 “medidas comerciais problemáticas” que na realidade lá vão respondendo às sanções dos EUA e da UE sobre a Rússia, dito desta formas atenuadora, “A maior parte das repercussões para as exportações da UE decorre de medidas postas em prática pela China, pelos Estados Unidos, pela Índia e pela Argélia, que têm impacto sobre 80% em todas as exportações da UE afetadas por novas medidas, e incidem predominantemente sobre os setores do aço, do alumínio e das tecnologias da informação e da comunicação”, precisa o executivo comunitário sem como é costume deixar alternativas em especial às asneiras trumpistas.
Aludindo às guerras comerciais mundiais, nomeadamente entre a China e os Estados Unidos, a comissária europeia da área do Comércio, Cecilia Malmström, assinala em comunicado que “a UE deve continuar a defender os interesses das suas empresas”, isto numa altura “em que há cada vez mais tensões comerciais e medidas protecionistas” em vez de assumir de vez a critica aos arroubos nacionalistas do sr Trump e cia limitando-se a defender abstratamente a eliminação de obstáculos à exportação para empresas da UE.
Ainda assim e segundo dados de Bruxelas, foram já eliminados 123 desses obstáculos, “o que permitiu realizar mais de seis mil milhões de euros de exportações adicionais em 2018”.
Entre as principais barreiras eliminadas no ano passado, a Comissão Europeia destaca as restrições chinesas à importação de produtos de bovinos e ovinos, as medidas russas ‘antidumping’ ilegais relativas a veículos comerciais ligeiros, as taxas sobre produtos eletrónicos e certificados veterinários obrigatórios que restringiam as exportações de artigos de couro para a Índia, as restrições relativas à utilização de aditivos autorizados em vinhos e bebidas espirituosas no Japão e ainda a rotulagem obrigatória de têxteis no Egito…
Dos EUA de Trump nem palavra e de uma visao integrada do comercio livre com a defesa organizacional local e regional muito menos .
JJ