Diz-nos a Lusa que, no final de uma visita à Associação de Beneficiários da Lezíria Grande de Vila Franca de Xira, Assunção Cristas perante as propostas do PR sobre o tema da participação em cargos políticos de familiares de políticos nomeados pelo PS que nesta matéria, depois de Marcelo Rebelo de Sousa ter defendido uma pequena alteração ao Código do Procedimento Administrativo, de forma a abranger os gabinetes ministeriais, e que poderia ser feita até às legislativas, Assunção Cristas optou por referir que “O CDS está sempre disponível para discutir todos os assuntos, mas temos dito desde a primeira hora que há matérias que, por muito que a lei as tente regular, não as conseguirá resolver. A forma como o PS tem ocupado o Estado e distribuído lugares entre famílias e amigos é uma questão mais grave que só pode ter uma resposta, que é uma penalização forte, uma censura forte nas urnas”, defendeu esquecendo que o mesmo aconteceu em todos os outros governos PSD e CDS
Mas claro que assumiu que, “obviamente que o CDS está sempre disponível para discutir qualquer assunto”, desafiando o Governo a apresentar uma proposta de lei sobre esta matéria, já que “O problema foi criado pelo Governo, o Governo tem instrumentos para o resolver, pode enviar uma proposta de lei ao parlamento”.
E claro sem mais delongas e na sua linha de “o passado não existe a memória morreu” Cristas assegurou que se o CDS-PP pudesse avançaria, devido a esta polémica, com uma moção de censura ao Governo, mais uma das muitas mas que já gastou a que tinha disponível na atual sessão legislativa pelo que apelou “Aquilo que eu peço é que as pessoas que não gostam desta forma de atuar do Governo Socialista, que estão desconfortáveis, que censurem o Governo socialista. Essa é a forma mais eficaz de acabar com estas práticas, é a censura social que se exprime nas urnas”.
Numa linha de de “o passado não existe, a memória morreu”, a líder democrata-cristão considerou que uma eventual alteração à lei “nunca conseguirá resolver tudo”: “Não há uma lei que substitua valores éticos e o bom senso, pode ajudar a corrigir, a fiscalizar, mas isso só se resolve com uma profunda censura ao Governo”.
“O CDS já não pode avançar com mais uma censura, se pudesse bem que avançaríamos, mas pede de forma muito clara uma censura ao Governo nas urnas já nas eleições europeias”.
Esperemos que os telhados de vidro não se partam aos pedacitos na cabeça de todos estes líderes quando chegar o momento das eleições!
JJ