A 12 de fevereiro de 2005 há 18 anos recorda-nos o ambientalista GreenMe Dorothy foi assassinada com seis tiros, quando tinha ela 73 anos na cidade de Anapu, no estado do Pará.
Dorothy Stang, passou a sua vida a lutar ao lado dos povos nativos da Amazônia brasileira apoiando a sua defesa das terras que eram suas sendo uma conhecida freira missionária de origem norte-americana que sabia incomodar muitos.
Ela juntou-se aos movimentos sociais no estado do Pará para frear o desmatamento na Amazônia num ato cívico local mas global também e esteve sempre ao lado dos nativos, dos camponeses, do agricultura familiar e para defender suas terras e foi assassinata exatamente e só por isso e dado o seu trabalho, Dorothy tem sido denominada “A primeira mártir da Criação”.
E vale recordar que foi ela que disse, “Se hoje algo grave tiver que acontecer, que aconteça comigo e não a outros que têm uma família.”
Ano após ano, o compromisso que Stang assumiu no Brasil tornou-se mais e mais arriscado tanto para os missionários como para ela quanto para as famílias dos pequenos agricultores.
O que estava a suceder é que o mundo descobris as riquezas que a floresta amazônica podia oferecer e os especuladores e os gigantes do agronegócio começaram a sentir loucos apetites de serem os donos das terras neste “pulmão verde do planeta”.
Na verdade a floresta amazônica é o lar de 50% das espécies de plantas do mundo e 20% dos recursos de água doce do planeta, graças às suas bacias hidrográficas e Dorothy Stang testemunhava com os próprios olhos e denunciava o derrube de árvores, incêndios e as atrocidades dos especuladores ruralistas.
Mas mais esta missionária ambientalista encorajou as pessoas locais a protegerem a floresta e a confiar nas técnicas agrícolas sustentáveis e dada esta sua atividade claramente contrária aos interesses do agronegócio, já na década de noventa, Dorothy entrou na lista negra dos latifundiários e passou a ser uma pessoa que deveria ser eliminada.
Alias na Amazônia morriam e morrem todos os anos ambientalistas, agricultores e defensores dos direitos humanos, vítimas de assassinatos premeditados para eliminar a oposição à destruição da floresta amazônica, como como denúncia a Congregação das Irmãs de Nossa Senhora de Namur, da qual Dorothy Stang fazia parte.
Dorothy Stang insistentemente pediu ao governo para proteger os agricultores familiares, mas nunca foi ouvida, até que, em 12 de fevereiro de 2005, dois homens armados a encontraram numa estrada rural de difícil acesso, a 53 quilômetros da sede do município de Anapu e a mataram
Ela que queria somente criar uma comunidade autossuficiente e defender a floresta transformou-se num modelo de luta pela defesa do ambiente, e a sua morte é lembrada por cada vez mais pessoas dentro e fora de um Brasil que teima assassinar Pessoas e Ambiente – o Brasil de Bolsonaro !
Nardia M.