Christoph Harnisch, chefe da delegação do Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICV) na Colômbia, assumiu que a instituição não participará da distribuição de qualquer assistência que chegue à Venezuela a partir dos Estados Unidos, ja que não se trata de “ajuda humanitária”.
“Nós não participamos do que não é para nós ajuda humanitária”, disse acrescentando que a instituição considera que a ação anunciada pelo governo dos Estados Unidos não atende aos critérios de ser independente, imparcial e neutra.
E na verdade, nada impede que, a pretexto desta “ajuda”, que passaria por abrir um corredor para a passagem de remédios e alimentos, se tente também introduzir no país armas provenientes dos EUA, tal como de resto há uma semana atrás quando as forças de segurança venezuelana apreenderam no aeroporto de Valencia (Estado de Carabobo) um um carregamento de armas proveniente de Miamia. A coberto do pacífico argumento de “Ajuda Humanitária”, volta assim a a fazer-se sentir a sombra de nova tentativa de golpe militar com apoio mais ou menos tácito dos “falcões” da oposição um ataque militar à Venezuela.
A posição agora assumida pela Cruz Vermelha, que corresponde a um tipo de crtitérios clássicos no historial da organização em situações – como tudo indica ser o caso – em que subsistem dúvidas sobre os reais objetivos das campanhas ou se constata não haver consenso no país face à iniciativa. A decisão , que retira á campanha um importante elemento de respeitabilidade e independência, deixa também em muitos maus lençóis o ” Grupo de contato Internacional” , que avança assim cada vez num cenário de pré-guerra contra um cenário de negociações sem ultimatos que pelo menos parte dos países vizinhos defende.
Foto de destaque: Carlos Julio Martínez
Nardia M (com Agências)