O esforço fora enorme, aí pelo princípio da madrugada vira um cidadão da CGTP dar por cima de mim um salto mortal que achei que me iria esmagar, no findar de uma sessão numa das “estações” da Carris e o resultado nao podia ter sido pior …

Mas um ano e pouco depois, o Sitra, sindicato da UGT, era o sindicato maioritario na CARRIS e com enorme peso em todo o setor dos Transportes!

A representatividade na luta laboral, a Democracia na vida da economia foi construída passo a passo nos meios sindicais entre debates ideológicos e instrumentos de regulamentação coletiva de trabalho conquistados.

No lado sindical!

No lado patronal nada disso aconteceu, houve somente a transformação dos obrigatórios grémios fascistas em associações patronais, hoje “empresariais”, sem quase nenhuma visão democrática na sua gestão com filhos netos primos e sobrinhos a herdarem cargos de pais e avós!

Agora ja com um “sr dr” por detrás do nome…

Eis a lusa concertação social a não funcionar!

Um coletivo de cidadaos não eleitos democraticamente mas sim geracionalmente e de casta nomeados, e uma estrutura sindical hoje sem qualquer representatividade decidem sobre as relações de trabalho, sobre os direitos e deveres na economia sobre a distribuição da riqueza sem que haja para o efeito qualquer prova de representatividade!

A economia portuguesa é pois uma economia corporativa sem corporações o que faz dela a economia mais totalitária da chamada “economia liberal” do mundo!

E à custa desta falta de representatividade os salários acordados na negociação coletiva de trabalho podem ate ou não serem implementados e disso vivem as associações patronais que beneficiam os seus não associados por serem … não associados!

Eis o que deu a destruição de um tecido dificilmente construído no terreno da contratação coletiva pelo passospórtismo das direitas e depois pelo “católico de esquerda” vieiradasilvismo do PS!

E claro a dominar o silencio total e muitas loas a uma falsa concertação social envenenada pelo totalitarismo opusdeista!

Há sim, há radicais reformas a fazer para reconstruir a poucochinha Democracia Económica que ja houve em Portugal !

Ha muitos modelos de reforço democrático na economia um deles passa pelas Comissões de Higiene Saude e Segurança no Trabalho a eleger obrigatoriamente nas empresas e pela demonstração dos numero de associados nas associações patronais e onde não existir representatividade venham as Portarias de Extensão e as Portarias Regulamentadoras de Trabalho!

Joffre Justino