Já me magoou ver e ouvir o João Soares, a quem tanto devo na luta pela Liberdade, dizer que as e os miúdos da Climáximo são uns “queques” …

Ele, eu, o João Isidro, etc, éramos sim, filhos família para os pides e os fascistas que tudo fizeram para destruir ( e na verdade quase conseguiram), uma geração que deu mostras de ter uma larga percentagem de pessoas contra o regime fascista e a guerra colonial.

Agora vem a coordenadora do Bloco de Esquerda dizer hoje, 23.10, ter ""grandes dúvidas"" que os ataques com tinta dos ativistas climáticos a ministros contribuam para criar um ""grande movimento"" que leve as questões sobre o clima para o centro do debate público.

Ora, o que é verdade é que o Climáximo trouxe sim, o tema para o debate nacional mesmo que de forma enviezada, o que significa que quem deveria debatê-lo se dedicou às quequices …

Mariana Mortágua sublinhou que a ""emergência climática existe e é mesmo uma emergência"" e que é necessário chamar a atenção ""para um assunto tão importante e que vai mexer tanto"" com as vidas de todos.

""O mundo precisa de um grande movimento transformador, como aquele que foi há uns anos criado em torno da figura de Greta Thunberg (…). A questão que se coloca é se este tipo de ações contribui ou não contribui para criar esse grande movimento transformador, esse grande movimento social que traz estas questões para o centro do debate público. Eu tenho grandes dúvidas que contribua para este tipo de atitude"", acrescentou.

Lembremos que Greta Thunberg e conforme a denúncia que levou Greta Thunberg à prisão e ao pagamento de uma multa foi ter participado ""num protesto que interrompeu o trânsito"" e ""recusou-se a obedecer às ordens da polícia para abandonar o local"", o que temos visto, as e os ativistas da Climáximo a interromper o trânsito de várias formas e a serem levadas a tribunal pelo que, a jovem Greta até, se souber da luta destas e destes jovens, os parabenizará !

Se ontem o problema era o fascismo e a guerra colonial, hoje é a lentidão com que se quer lidar com uma crise ambiental grave, que vai da falta de água à poluição dos solos, das águas e do ar, gerando este, crescente temor sobre a temperatura em crescimento, o degelo dos polos e a falta de água para os campos de golfe no Algarve !

Eis, porque não se entendecomo é passível minorar, tal qual o fizeram connosco, a militância destas e destes jovens em vez de reconhecerem a necessidade de, com eles debaterem!

Ná AR, nas Assembleias Municipais e de Freguesia, e no governo!

Ah são assuntos técnicos dirão !

Não, é bem o contrário, pois os tais técnicos até hoje fracassaram e estão a levar o país para este desastre ecológico que urge travar começando com diálogos políticos sérios.

E lembremos que foi a 19 de junho de 2023, que a jovem sueca, em conjunto com outros ativistas, bloqueou o acesso ao porto petrolífero de Malmö, protestando contra o uso de combustíveis fósseis, tendo-se recusado a obedecer as ordens das forças policiais. ""É verdade que estava nesse sítio naquele dia e que recebi uma ordem a que não dei ouvidos, mas gostaria de negar qualquer crime”, defendeu-se Greta Thunberg, segundo a AFP e Greta explicou ainda que agiu ""por necessidade"" face à emergência climática.

E perante um punição que poderia ir até aos seis meses de prisão, a ativista foi condenada a pagar uma multa de 1.500 coroas suecas (130 euros) e 1.000 coroas suecas (86,45 euros ao câmbio atual) de indemnização.

Nesse dia, a ativista fez parte de uma ação da organização Tillbaka Framtiden (Reclamar o Futuro ) no porto de Malmö, onde as entradas e saídas foram bloqueadas, parando os veículos. ""Estamos a escolher não ser espetadores e (…) a desligar fisicamente a infraestrutura de combustíveis fósseis. Estamos a reivindicar o futuro"", escreveu Greta Thunberg .

Pensemos seriamente nos nossos filhos e netos !

Joffre Justino

Photo credit: Eternity Portifólio on VisualHunt.com

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