O ciclo denomina-se 'Do Cinema de Estado ao Cinema Fora do Estado' e acompanha as cinematografias de Moçambique, Guiné-Bissau e Angola em três momentos distintos ao longo deste ano.

A cinematografia moçambicana é considerada pela coordenado a investigadora Maria do Carmo Piçarra, um "referencial no contexto africano", logo após a independência daquele país.

A primeira sessão, na quinta-feira, apresenta a curta-metragem 'O preto', do realizador Ivo Mabjaia o Prémio Novos Autores Moçambique em 2021, e a longa-metragem 'Mueda, Memória e Massacre' (1979), de Ruy Guerra.

"O modo original como o filme trabalha a dramatização e os depoimentos que a acompanham para evocar um acontecimento traumático que foi um marco histórico da luta anticolonial, torna-a uma obra fundamental da filmografia moçambicana", afirmou Maria do Carmo Piçarra sobre a obra de Ruy Guerra.

Serão exibidos três filmes de Inadelso Cossa: 'Xilunguine, a terra prometida' (2011), 'Uma memória quieta' (2014) e 'Uma memória em três atos' (2017).

No dia 20 está prevista uma mesa redonda com José Luís Cabaço, ministro da Informação de Moçambique a partir de 1980, Luís Carlos Patraquim, escritor e argumentista, e os realizadores Camilo de Sousa e Inadelso Cossa.

O ciclo da Cinemateca prossegue em maio dedicado ao cinema da Guiné-Bissau e termina em novembro com o cinema de Angola.

Joffre Justino