Na calada da noite No despertar da imensidão Vem ao pensamento um turbilhão De pensamentos e emoções. Ao findar o dia essa Alma feminina Pede clemência a dedicação E se volta para o vazio do Ser Do seu Ser. Que de um servir incansável Impregnada por uma educação impostora Vê sua alma amordaçada Encurralada sem forças De travar um duelo Entre o patriarcado e a liberdade de somente expressar-se Passa pelo caminho de um desespero De achar-se até produto Nas mãos de uma sociedade Que a tem como eterna doadora. Assim ao concluir o ciclo do dia A Alma feminina Agora no seu recolhimento Sente o peito Livre dessa amarra humana Criada e replicada Por atos machista.

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Fatima Cristina Terapeuta/Poetisa