Foi sem duvida uma provocação, para alargar o âmbito da guerra de tribal semita a regional, e urge assumir que é uma guerra imposta ao Mundo pela extrema direita global, onde Netanyahu lidera!

Claro que para alem desta provocação ha outros factores a ter em conta,

1. O conflito inter seitas islâmicas entre os xiitas e os sunitas com estes últimos de braços demasiado abertos aos EUA para o gosto xiita
2. A velha questão, do século XX ja enfim, do poder pelo controlo do petróleo numa região pejada dele
3. O desespero xiita face à derrocada das suas seitas militares, Hamas Hezbolah, …depois do massacre em Telavive mostrando as significativas fragilidades das tentativas expansinionistas iranianas
4. A fragilidade dos EUA face aos ímpetos fascistoides do regime de Netanyahu e à busca da conquista para o seu campo das ditaduras sunitas
5. A ânsia do regime teocratico judaico, e ja não só de Netanyahu, em criar um espaço tampão à volta de Israel o que impede a existência de um Estado Palestino e dá suporte às loucuras fascistoides e proto suicidas da maioria da elite israelita
6. À sustentabilidade de um permanente ambiente de guerra na região para manter estas decadentes elites pseudo religiosas no poder israelita e nos ditos Estados árabes

É neste contexto que se pode entender que com a piratagem de um navio de carga e uns tantos drones e mísseis o Irão se afirme satisfeito e dizendo que ataque foi concluído "com sucesso".

Ou que o Hamas afirme hoje, 14.04, domingo, que a resposta iraniana, com mais de 300 drones, mísseis balísticos e de cruzeiro lançados sábado contra Israel, como "um direito natural e uma resposta merecida", claramente ansiando mais, por forma a que o fogo israelita se vire para o Irão!

Se formos ver geograficamente, Lisboa está a 5900 km de distância, aparentemente mais perto de Lisboa a Maputo a 12000 km mas se atendermos à geo política Portugal pouco tem a ver com os conflitos judaico-islâmicos e tudo tem a ver com a invasão terrorista islamica de Cabo Delgado, Moçambique!

Mas este PR, que conheceu Moçambique no tempo colonial,, pois o pai foi aí governador geral convoca o Conselho Superior de Defesa para o caso da guerra Irão /Israel e nunca mexeu uma palha para apoiar efetivamente Moçambique!

E note-se marcada essa “iraniana reunião” com urgência pois está já marcado para amanhã, 16 de abril, às 18h00 no Palácio de Belém!

Ora bem sejamos sérios, o navio capturado pelo Irão no Estreito de Ormuz Não É português!

Nao sr, o navio tem somente uma bandeira de conveniência portuguesa, nao tem bandeira portuguesa e mais a bandeira de conveniência é da Região Autonoma da Madeira, um paraiso fiscal que se preza em demasia da sua autonomia!

Vejamos então o que é uma bandeira de conveniência em palavras que nem sao nossas!
“Um navio com bandeira de conveniência é aquele que arvora a bandeira de um país diferente do seu Estado de Registro. Para os trabalhadores a bordo, isso pode significar:
* salários muito baixos
* condições precárias a bordo
* subalimentação e escassez de água potável
* longas jornadas de trabalho sem descanso adequado, levando ao estresse e à fadiga
Usando a estratégia de 'flag out', os armadores podem tirar proveito de:
* regulamentação mínima
* taxas de registro baratas
* pouco ou nenhum imposto
* liberdade de empregar mão de obra barata do mercado de trabalho global
A ITF acredita que deve haver uma 'ligação genuína' entre o verdadeiro proprietário de um navio e a bandeira que o navio arvora, de acordo com a Convenção das Nações Unidas sobre o Direito do Mar (UNCLOS). Registros de BDC tornam mais difícil para os sindicatos, representantes do setor e o público chamar os armadores à responsabilidade.
Em muitos casos, os próprios registros não são sequer administrados pelo país da bandeira.
A globalização tem ajudado a alimentar esta corrida para o fundo. Em um mercado de transporte marítimo competitivo, as BDCs baixam as taxas e minimizam a regulamentação, visto que os armadores procuram a maneira mais barata de administrar seus navios.””

O tal “navio português”, MSC Aries, é um navio de carga com pavilhão português (registo na Região Autónoma da Madeira), sendo a empresa proprietária a Zodiac Maritime Limited, com sede em Londres, parte do grupo Zodiac, pertencente ao bilionário israelita Eyal Ofer

“ O MSC ARIES (IMO: 9857169) é um navio porta-contentores e navega sob bandeira de Portugal. Seu comprimento total (LOA) é de 366 metros e sua largura é de 51,11 metros. ”, segundo o que encontramos na net!

Ja basta de propagandices à 1,5 milhares de milhão de euros que na realidade serão à volta de uns tristes 200 milhões !

Os PSD’s da PR ou da AR que ganhem juízo e deixem o pais em Paz!

Joffre Justino 

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Foto de destaque: IA;  imagem ilustrativa sobre a situação geopolítica no Médio Oriente. Esta visualização capta a tensão e a complexidade do cenário descrito, com representações de ataques, diplomacia e a dinâmica entre as nações envolvidas.