Lutar é a ordem do Dia …mas falta em demasia a Luta pela Paz

Entre Abril e Maio deste 2024, destes 50 anos do 25.04.74, mostraram que todas as forças das Esquerdas estiveram acesamente na promoção de combates pelos direitos económicos sociais e políticos das e dos portugueses

Os videos e os apontamentos abaixo o provam e, claro que o Estrategizando as sauda e apoia!

Neste ambiente de degradação política, com um PR que inventa “vichyssoises “ para que não lhe perguntem o porque raio se cala perante o desastre que gerou, com estas segundas antecipadas impostas para dar uma mãozinha ao seu partido, o PSD, as Esquerdas começam, esperamos nós, a entender que sem Unidade às Esquerdas não há um caminho possivel!

Mas os documentos abaixo, citando toda a Esquerda, mostram também a sua grande falha e temos de a acentuar neste pouco mais de um mês antes das Eleições Europeias!

E para tornar bem claro o que queremos relevar nada como lembrar o responsável da mais importante instância internacional o português Antonio Guterres secretário geral da ONU

Na verdade, ele lembrou, “que o mundo enfrenta hoje o maior número de conflitos violentos desde o fim da Segunda Guerra Mundial, em 1945, data também da criação da ONU. Ao todo, 25% dos habitantes do mundo estão em áreas afetadas por conflitos.   

Ele ressaltou um alto número de golpes militares pelo globo e um senso perigoso de impunidade.”… …”No ano passado, conflitos e violência obrigaram 84 milhões de pessoas a saírem de suas casas. 
Somente este ano, 274 milhões de homens, mulheres e crianças precisarão de ajuda humanitária para sobreviver. “…

Comecemos por nós mesmo, os da Lingua portuguesa, e recordemos, só para falar em conflitos armados, esquecendo os combates pacíficos das oposições angolanas e o desastre do não Estado na Guiné Bissau, Cabo Delgado, Moçambique!

A 6 de Maio, um número estimado de 917 deslocados internos foram registados nos distritos receptores, elevando o número total para 40.003 pessoas que foram deslocadas de Palma”, lê-se no mais recente relatório da agência das Nações Unidad, a OIM.

Na verdade, bandos islamo terroristas armados aterrorizam Cabo Delgado desde 2017, tendo alguns ataques sido reivindicados pelo Daesh, numa onda de violência que já causou mais de 2500 mortes, segundo o projecto de registo de conflitos ACLED, e 714 mil deslocados, conforme noticia o Governo moçambicano.

Mas o garantido é que a população em fuga deverá ser maior, dado que parte dela pode não ser registada e haverá ainda famílias escondidas nas matas da região com milhares de pessoas, numa estimativa de cerca de 11 mil, junto aos portões do projecto de gás em Afungi e na nova aldeia de Quitunda que não querem regressar a Palma devido à insegurança e têm dificuldade em encontrar uma forma de chegar a locais seguros.

Lamentavelmente, os membros do contingente da África do Sul são o segundo grupo a retirar-se da missão em Cabo Delgado, operação que se iniciou em 07 de abril e a 20 deste abril, não se sabe se a saída dos militares já foi concluída.

Jo contingente militar do Botsuana começou a retirar-se em 05 de abril de Cabo Delgado, marcando o início da saída da missão que combate o terrorismo na província do norte de Moçambique.

A missão está em Cabo Delgado desde meados de 2021 e, em agosto de 2023, a SADC aprovou a sua prorrogação por mais 12 meses, até julho de 2024, prevendo um plano de retirada progressiva.

A missão compreende tropas de oito países contribuintes da SADC, nomeadamente Angola, Botsuana, República Democrática do Congo, Lesoto, Maláui, África do Sul, República da Tanzânia e Zâmbia, "trabalhando em colaboração com as Forças Armadas de Defesa de Moçambique e outras tropas destacadas para Cabo Delgado".

Neste entretanto sabe-se por relatos das e dos cidadaos que os jihadistas adoptaram um novo “modus operandi” e em vez de matarem os civis, estes são "obrigados a pagar" para preservar as suas vidas e bens mas usando o islamismo para dividir as populaçõe.

Recordemos que o próprio papa Francisco lembrou a 18 de fevereiro. "A violência contra populações indefesas, a destruição de infraestruturas e a insegurança voltam a grassar na província de Cabo Delgado, em Moçambique, onde nos últimos dias foi também incendiada a Missão católica de Nossa Senhora de África, em Mazeze. Rezemos para que a paz regresse àquela região atormentada".

E acentuemos que de acordo com o exército moçambicano, a segurança tinha sido restabelecida em cerca de 90% da província de Cabo Delgado em meados de dezembro.

E agora, esse momento parece ter chegado, depois de ter começado a retirada do contingente da SADC que, de qualquer forma, estará concluída em julho de 2025, enquanto a empresa francesa Total está a reconsiderar a retomada do seu projeto de construção de uma unidade de liquefação de gás na bacia do Rovuma, depois de ter sido forçada a abandonar os trabalhos em março de 2021, com a tomada da cidade de Palma pelos jihadistas – com a agência Fides- o gás a razão central desta terrorista “guerra religiosa”!

E vale deixar aqui informação da Procuradoria Geral da República (PGR) de Moçambique com uma lista de cidadãos envolvidos, em ações armadas protagonizadas por grupo armados que destabilizam a província de Cabo Delgado, desde 2017 com 16 nomes de cidadãos, dos quais dois são cidadãos tanzanianos e os restantes moçambicanos, indiciados de envolvimento em crimes de terrorismo, em missões que incluem o fornecimento de bens alimentares e patrulhamento, reconhecimento, treino e recrutamento de jovens, entre outros atos,
Ajame Momade Ali, Abdala Muarabo, Sumail Salimo, Ally Yussuf Liwangwa, Mamudo Ismael Sefo Sante, Hamza Ussuail, Gabriel Raimundo Mnala, Selemane Ibraimo Selemane, Ali Sumail Assane Dade, Joaquim Xavier, Muidine Momade Rachide, Anzane Quiwamba Saide, Amir Yassine Chabire, Safira Firbate Maulana, Isac Ali Abdala Nampambula e Selemane Mussa são os nomes que integram a lista.

Uma primeira lista, tinha 43 nomes, e fora divulgada em julho de 2023, encabeçada por Bonomade Machude Omar, então, considerado líder operativo do grupo, que viria a ser abatido em combate, em agosto.

….”Ele voltou a apelar para Nova Agenda para a Paz que coloca a prevenção e a construção da paz no centro das ações. 
Ao citar exemplos positivos, Guterres citou a Côte d’Ivoire, ou Costa do Marfim, onde a ONU atuou com comunidades para aliviar as tensões na eleição presidencial de 2020, e fomentou um diálogo políticos com mulheres e jovens. 
Ele citou ainda um Plano Abrangente de Desenvolvimento que apoiar a paz nos países do norte da América Central. 
Outros casos de resultado do trabalho da Comissão de Consolidação da Paz são Papua Nova Guiné, Colômbia e a República Centro-Africana. 
O chefe da ONU afirmou que a consolidação da paz funciona e que é um investimento comprovado. 
No ano passado, o fundo de consolidação da paz cresceu investindo US$ 195 milhões. Mas como as contribuições são voluntárias, existe um descompasso entre a verba doada e a demanda. 
A ONU está tentando resolver a lacuna com um orçamento separado que foi enviado pelo secretário-geral à Comissão de Orçamento da Assembleia Geral na qual foi pedido mais US$ 100 milhões em contribuições previstas. 
O chefe da ONU acredita que o financiamento deve ser previsível e sustentado principalmente no estágio de transição das operações de paz. 
Ele quer mais apoio para mecanismos de prevenção incluindo um sistema robusto de alerta, capacidade de mediação e dados analíticos sobre discurso de ódio e crises possíveis. 
As Nações Unidas também defendem a criação de financiamento flexível para programas de consolidação da paz na sociedade civl, especialmente com mulheres e jovens. 
Segundo Guterres, os países-membros devem dedicar pelo menos 20% de sua Ajuda Oficial de Assistência a construção da paz em contextos de conflitos. 
O chefe das Nações Unidas convocou um Encontro de Alto Nível, marcado para abril, para buscar soluções concretas. Para Guterres, é preciso fazer mais nos esforços humanitários, de paz e desenvolvimento. 
Ele concluiu lembrando que na última década, o mundo investiu US$ 349 bilhões em operações de paz, socorro humanitário e apoio a refugiados. 
Já as despesas com orçamentos militares aumentaram para quase US$ 2 trilhões em 2020. 
Segundo ele, quando se calcular o custo de uma guerra para a economia global e principalmente para cada pessoa morta em conflitos, manter a paz sai mais barato além de ser um pré-requisito para um futuro melhor para todos. 

Mas, dolorosamente, não temos somente Moçambique em guerra, sendo, no entanto, bem triste que haja um tão grande silencio à volta desta guerra, ao ponto de nas Comemorações dos 50 anos do 25 de abril os PR’s dos PALOP se terem silenciado sobre tal, e claro, também, o PR português Marcelo Rebelo de Sousa que preferiu lançar achas para a fogueira da crise pondo no ar a tese do pagamento das consequências do colonialismo!

Chegamos assim ao fim de 2023 com nunca menos de 9 grandes conflitos armados, e dezenas de conflitos armados de menor monta.

Além da ultima “menina querida dos papparazi, a guerra entre Israel e o Hamas na Faixa de Gaza, vinda desde 7 de outubro com mais de 34.700 palestinianos mortos no conflito, de acordo com as autoridades sanitárias de Gaza a acrescer aos 1200 israelitas temos a que já foi “ menina querida” a guerra eslava russo-ucraniana, já com mais de dois anos de vida tendo perdido esse estatuto porque os russos parece estarem a ganhar essa estupida guerra onde todos os envolvidos só fazem asneiras graves!

O número de mortos nesta guerra virou pura propaganda e citá-lo-emos com todas as reservas possiveis

 Comecemos pelo Vatican News que se refere ao The New York Times para dizer que em agosto passado, (2023), o número total de soldados ucranianos e russos mortos ou feridos desde 24 de fevereiro de 2022 seria de cerca de 500.000, com as baixas militares russas perto das 300 mil (120 mil mortos e 170 mil feridos), e as baixas militares ucranianas entre 70 mil mortos e 120 mil feridos, sabendo-se que os ucranianos têm cerca de 500 mil soldados, e os russos 1.330.000.

Quanto aos civis em novembro de 2023 a ONU noticiava cerca de 10.000 civis ucranianos mortos pela guerra e mais de 18.500 ficaram feridos.

E em 2024 em janeiro aumentaram os ataques contra zonas densamente povoadas, num mês, pelo menos 641 civis foram mortos ou feridos (um aumento de 37 por cento em comparação com novembro de 2023), os misseis e as minas perdidas lançadas bem distante do front levaram a um aumento considerável no número de crianças mortas e feridas - em janeiro foram 40, em novembro foram 18.

A Agência das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR), um mês após o início do conflito, estimou que 1,4 milhões de ucranianos já não tinham acesso à água potável e 4,6 milhões tinham acesso restrito.

Ao longo de 2023, o ACNUR distribuiu assistência económica a 899.039 famílias para cobrir os custos de necessidades básicas, como alimentos, medicamentos e electricidade e em 2024, a agência da ONU planeia fornecer assistência humanitária imediata a mais de 2,7 milhões de ucranianos.

As estimativas de perdas diretas e indiretas variam entre US$ 564 biliões e US$ 600 biliões.

Desde o início da guerra, têm sido travadas batalhas de grande escala em regiões que geram até 60 por cento do PIB nacional, tradicionalmente criado pelo setor agrícola.

Segundo a ONU 6,4 milhões de pessoas fugiram da Ucrânia, em setembro de 2023, mais de 900.000 tinham regressado ao seu local de origem e 298.000 encontraram-se numa área diferente da sua casa

Os desempregados seriam cerca de cinco milhões.

Segundo o Banco Mundial, a pobreza no país aumentou de 5,5 por cento para 24,2 por cento em 2022.

Apesar das milhares de medidas de sanções contra Moscou, o PIB russo diminuiu 2,1 por cento em 2022, mas entre janeiro e setembro de 2023 cresceu 3 por cento.

De acordo com o Fundo Monetário Internacional, a economia russa expandir-se-á mais rapidamente em 2024.

Estas perspectivas devem ser sempre consideradas numa economia de guerra - onde o crescimento do emprego é mais elevado apenas em determinados sectores e os salários reais não são elevados.


Outras fontes apresentam outros númerose assim os militares russos mortos na Ucrânia já ultrapassou a marca dos 50 mil, segundo a BBC enquanto que Zelensky estima que 31 mil soldados ucranianos tenham morrido na guerra

A OIM diz que mais de oito milhões de pessoas foram deslocadas internamente na Ucrânia

Outros dizem que mais de 18%, ou quase uma em cada cinco pessoas, da população da Ucrânia antes da guerra está agora deslocada internamente, conforme o 4º Relatório de Deslocamento Interno da Ucrânia falando-se num total de pelo menos 13,9 milhões de pessoas deslocadas desde o início da invasão russa no final de fevereiro.

Outras fontes ainda falam em 16 500 a 42 000 ucranianos mortos (segundo a Ucrânia), ou em 6 702 ucranianos mortos, 10 479 feridos (segundo a ONU), e com entre 6 000 000 refugiados a 8 000 000+ de deslocados internamente!

Mas ha mais conflitos e mortes!

Burkina Faso, Somália, Sudão, Iémen, Mianmar, Nigéria e a Síria.
"É seguro dizer que haverá pelo menos oito guerras, mas provavelmente mais, e possivelmente dez (até o fim do ano)", diz à BBC News Brasil Therese Petterson, a coordenadora do Uppsala Conflict Data Program (UCDP), uma entidade sueca que pesquisa, organiza e publica dados verificados sobre conflitos e é uma referência por órgãos da ONU, pelo Banco Mundial e outras entidades internacionais.

Sobre a definição de guerras e conflitos uma das mais adotadas, usada pelo UCDP e por outros grupos internacionais de estudos sobre guerra e paz, considera o número de mortes como parâmetro, definindo como guerras os conflitos que atingem pelo menos mil mortes em batalhas em um ano, conceito francamente limitativo para o nosso ponto de vista onde entendemos importante a degradação das condições vivenciais e ambientais.

Para a mesma entidade conflitos armados são as disputas por territórios ou governos que resultam em pelo menos 25 mortes em batalhas em um ano.

"O número de conflitos cresceu e o número de mortes relacionadas com combates aumentou 97% só em 2022, com uma alta de mais de 400% desde o início da década de 2000", diz à BBC News Brasil Magnus Öberg, diretor do UCDP.

Já Paul B. Stares, responsável do Centro de Ação Preventiva, do Council of Foreign Relations, em Washington, nos EUA, diz, “Várias organizações observaram definitivamente um aumento nos níveis de conflitos armados nos últimos anos, após décadas em que permaneceram historicamente baixos".

"Muitos fatores podem explicar isto, desde as crescentes tensões econômicas e sociais sobre Estados frágeis até ao aumento das tensões entre as grandes potências e até mesmo aos efeitos iniciais das mudanças climáticas", ele diz.

A falta de visibilidade de guerras e conflitos, como explicam especialistas, pode afetar diretamente o seu desenvolvimento e a pressão por cessar-fogo, corredores humanitários ou envio de comida e remédios, por exemplo.

Na avaliação de Paul B. Stares, "níveis elevados de preocupação ou indignação" nas populações de grandes potências económicas e militares influenciam a disposição destes países em "dedicar atenção e recursos" pela paz em locais em conflito.

Um outro expert, o professor Öberg lembra que visibilidade pode ser crucial para o envio de ajuda humanitária a locais em guerra ou conflito.

"O apoio militar pode muitas vezes acontecer por razões estratégicas, mesmo sem muita atenção das pessoas. Mas o apoio humanitário tende a exigir uma mobilização da opinião internacional", diz à BBC News Brasil.

O ano 2022,terá sido o mais mortal em conflitos desde o genocídio de Ruanda, em 1994, com um total de cerca de 237 mil mortes, de acordo com informações do Journal of Peace Research, publicado em Oslo, na Noruega.

Este aumento de 2022 foi gerado principalmente por duas guerras particularmente violentas a eslava, Rússia e Ucrânia, e a guerra na Etiópia contra a TPLF (Frente de Libertação do Povo Tigray), com mais de 81.500 e 101.000 vítimas fatais respectivamente, até o fim de 2022.

A guerra civil no Iémen, que segundo a ONU já causou mais de 300 mil mortes desde seu início em 2014, também continua sem horizonte visível para seu fim.

Segundo a ONU, metade das mortes naquele país foram causadas diretamente pelo conflito armado, enquanto que a outra metade ocorreram em consequência da fome e de doenças causadas pela crise humanitária em larga escala.

E eis as principais guerras em curso no mundo.

O Burkina Faso

A guerra em Burkina Faso é a parte mais violenta de um conflito armado mais amplo na região do Sahel, que fica no norte da África e inclui regiões de 10 países, a Mauritânia, o Senegal, o Mali, o Burkina Faso, o Níger, a Nigéria, o Chade, o Sudão, a Eritreia e a Etiópia.

Desde 2016, Burkina Faso é palco de confrontos violentos entre forças armados do governo e grupos islâmicos como o Ansarul Islam, ligado à Al Qaeda, e ao Estado Islâmico no Sahel (ISS).

Haverá pelo menos 46 locais em Burkina Faso sob cerco de grupos armados em julho de 2023 e em 2022, o ano mais mortal desde o início dos registros, 1.418 civis foram mortos, de acordo com a Base de Dados de Eventos de Locais de Conflitos Armados (ACLED).

A Somália

A guerra civil da Somália vinda da primeira década dos anos 2000 resulta da ascensão do Al Shabaab, aliada da Al Qaeda, que luta contra forças do governo apoiadas da União Africana que tenta derrubar o governo local, apoiado pelo por países ditos ocidentais para estabelecer seu próprio governo baseado numa interpretação radical da lei islâmica.

Segundo a ONG Human Rights Watch, "o grupo armado islâmico Al Shabaab conduz ataques indiscriminados e direcionados contra civis e recruta crianças à força".

O Sudão

A agência da ONU para os refugiados diz que uma crise humanitária “inimaginável” existe no Sudão com mais de seis milhões de pessoas forçadas a abandonar as suas casas desde o início da guerra.

A guerra entre os militares do Sudão e um grupo paramilitar que tenta tomar o governo mataram até 9.000 pessoas, segundo as Nações Unidas, e criaram “um dos piores pesadelos humanitários da história recente”.

Segundo a OIM os combates deixaram 25 milhões de pessoas, mais de metade da população, dependendo de ajuda humanitária.

O Mianmar

Investigadores independentes citados pela ONU, dizem que mais de 13 mil crianças morreram no país e 1.3 milhão de pessoas foram deslocadas de suas casas

O país, que abriga 135 grupos étnicos, raramente conheceu a paz. Durante anos antes do golpe, manteve-se ali um conflito civil contínuo e de baixo intensidade entre os militares e vários grupos étnicos minoritários que há muito tempo buscavam o controle dos recursos naturais em suas regiões e a independência do Estado.
Esse conflito explodiu após o golpe, quando grupos de milícias étnicas uniram forças com combatentes pró-democracia da maioria Bamar que protestavam contra a junta militar que governa o país desde um golpe em 2021.

Nigéria e Síria

 A Nigéria é palco de violência por grupos organizados desde sua independência, em 1960.  O principal foco atualmente são batalhas entre forças do governo e grupos radicais islâmicos em diferentes estados que buscam contorle de territórios.

Já a guerra civil na Síria, que tem origem em protestos contra o governo do presidente Bashar al-Assad em março de 2011, envolve grupos rebeldes e grandes potências estrangeiras como a Rússia, a Turquia, o Catar, a Arábia Saudita e os Estados Unidos.

O Iémen

O grupo islamo politico Houthi apoiado pelo Irão e xiita está em conflito com governo iemenita apoiado pela Arábia Saudita, outra rival do Irão.

Os Houthi tomaram a capital iemenita, Sanaa, e expulsaram o governo oficial e uma coligação liderada pela Arábia Saudita e apoiada por Reino Unido e EUA reagiu, gerando oito anos e milhares de ataques aéreos mas estes rebeldes ainda controlam a capital.

O país está cada vez mais fragmentado — e não apenas dividido pelos Houthi e pelo governo iemenita pois apareceu um movimento separatista apoiado pelos Emirados Árabes Unidos que luta pela independência do sul.

Mali

No Mali, as tensões ameaçam irromper em uma guerra civil em grande escala onde desde 2012, que um governo local foi alvo de golpe e os rebeldes tuaregues, apoiados por militantes islâmicos, tomaram o poder a norte.

Depois de dois golpes em 2020 e 2021, os oficiais militares consolidaram seu poder e disseram que restaurariam o controle territorial total do Estado sobre todo o Mali.

Mas a violência explodiu entre os militares e as forças rebeldes sobre o uso futuro das bases da ONU forçadas a retirarem-se

Em novembro de 2023, os militares, supostamente apoiados pelo Grupo Wagner da Rússia, tomou o controle de Kidal, ao norte, que estava em poder das forças tuaregues desde 2012 sendo improvável que os militares recuperem o controle total de todas as áreas em poder dos rebeldes no norte.

Líbano

Em 2019, um protesto civil generalizado eclodiu no Líbano contra o governo e mesmo um governo reorganizado, não impediu uma crise económica com ainda por cima o Fundo Monetário Internacional a exigir as habituais e sempre falhadas reformas económica.

Tudo isto pode comprometer o frágil acordo de partilha de poder no Líbano, no qual os principais cargos políticos de primeiro-ministro, presidente da Câmara e presidente são alocados para um sunita-muçulmano, um xiita-muçulmano e um cristão maronita, respectivamente.

Entretanto, a guerra entre Israel e o Hamas ameaça espalhar-se pelo Líbano, pois é onde se sedia o grupo fascio islâmico Hezbollah e o seu exército de 100.000 combatentes.

Paquistão

 Em 2022, o primeiro-ministro paquistanês Imran Khan caiu em desgraça com os líderes militares do Paquistão e foi destituído numa votação no parlamento e preso sob acusações que seus partidários alegam ter motivação política.

Desde então eclodiram manifes violentas em todo o país numa demonstração de raiva contra os militares que antes era impensável.

O Paquistão adicionalmente enfrenta os efeitos colaterais da instabilidade no vizinho Afeganistão e um aumento do terrorismo com esses desafios de segurança a serem agravados por uma economia em dificuldades e pelos custos contínuos decorrentes ainda das inundações devastadoras de 2022.

Crise institucional força eleições antecipadas no Paquistão
O Presidente do Paquistão, Arif Alvi, convocou eleições antecipadas no Paquistão para daqui a três meses depois de anunciar a dissolução da Assembleia Nacional, a pedido do primeiro-ministro, Imran Khan, que escapou a uma moção de censura.

Sri Lanka

Os protestos civis perante uma crise económica fizeram com que o então presidente Gotabaya Rajapaksa fugisse do país tendo sido rapidamente substituído pelo atual presidente Ranil Wickremesingh.

A estabilidade voltou em 2023, quando o Sri Lanka começou a implementar reformas económicas como parte de um acordo de resgate com o Fundo Monetário Internacional.

No entanto, como de costume perante o fracasso habitual fmista a insatisfação generalizada com as elites políticas e os fatores subjacentes às dificuldades económicas do reforçam uma ja elevada tensao social e politica.

 

Merece ainda deixar alguns endereços eletrónicos de conflitos e momentos de conflito tendentes a alargar os cenários de guerra, destruição e morte,

* Ataques aéreos no Iêmen de 2024
* Ataques contra as forças militares estadunidenses no Iraque e na Síria
* Conflito Irã-Israel em 2024
* Conflito Israel-Hezbollah (2023-presente)
* Conflito no Equador em 2024
* Crise do Mar Vermelho
* Distúrbios na Papua-Nova Guiné em 2024
* Guerra Civil de Mianmar
* Guerra Civil no Sudão (2023–presente)
* Invasão da Ucrânia pela Rússia (2022–presente)


É este o mundo em que vivemos com tensões significativas ainda em Taiwan, no Japão, no Tibete, no Peru, na Argentina, na cansada do MPLA, Angola e ate aqui ao lado nas Espanhas!

Não conseguimos pois entender o como uma campanha eleitoral para um poder supranacional se quede em problemas sérios mas se internos sem solução à vista que resulte de internos factores, pois que da energia, aos grãos a economia, global, está bloqueada por este absurdo investimento em mais e mais guerras, conflitos violentos e armados que travam o necessário uso pacifico dos recursos naturais e dos tecnológicos

Ora segundo o INE as “ Exportações e importações diminuíram 4,2% e 6,0%, respetivamente, em termos nominais - 1.º Trimestre de 2024
29 de abril de 2024
A estimativa rápida do Comércio Internacional de bens do 1º trimestre de 2024 aponta para diminuições nas exportações e importações de, respetivamente, 4,2% e 6,0%, em termos nominais e em relação ao período homólogo.  
O decréscimo nas transações de bens ocorre pelo quarto trimestre consecutivo, acentuando-se face ao trimestre anterior, em que se registaram variações homólogas de -1,8% nas exportações e -5,3% nas importações.”

Como pode pois imaginar-se estarmos a lidar como “problemas internos”, como pode pois a casta política imaginar que uma Cidadania cada vez mais, mais bem informada se quede satisfeita com uma campanha eleitoral onde nao se debate o principal - o travamento da ecomomia global pelas guerras e conflitualidades inúteis !?

Mais importante que debater a Descolonização urge debater o findar desta crescente e degradante economia de guerra que so bloqueia a distribuição da riqueza e incentiva a modelos anti democráticos!

 

https://youtu.be/SxQn2G-sFew?si=aH29FD0o4sHZ0D0C 


Joffre Justino

---

Foto de destaque: IA;  imagem ilustrativa  sobre a luta pela paz e os desafios sociais, mostrando uma representação simbólica da Ponte 25 de Abril em Lisboa, que se transforma numa paisagem pacífica, com um grupo diversificado de pessoas a promover os direitos sociais e a paz. E